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Futebol O ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol, José Maria Marin, é julgado nos Estados Unidos

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Ex-presidente da CBF é acusado de sete crimes. (Foto: Divulgação)

Chegou ao Tribunal Federal do Brooklyn, em Nova York, no fim da manhã desta segunda-feira (6) o ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) José Maria Marin, para o início de seu julgamento diante da Justiça dos Estados Unidos. Marin está sendo julgado no “Caso Fifa”, maior investigação sobre corrupção na história do futebol, que derrubou os dirigentes e empresários de marketing esportivo que mandavam havia décadas no futebol latino-americano e recuperou quase US$ 200 milhões em dinheiro desviado. Marin é acusado de sete crimes: três de fraude, três de lavagem de dinheiro e mais um por integrar uma organização criminosa. Ele nega todas as acusações e afirma ser inocente.

Na avaliação de pessoas com conhecimento do caso, Marin está sujeito a uma pena de até 10 anos de prisão. O julgamento deve durar dois meses. Esta primeira semana do julgamento deve ser inteiramente dedicada à formação do júri, composto por 12 pessoas (mais seis “reservas”) que terão suas identidades preservadas. Testemunhas serão ouvidas e provas serão apresentadas a partir do dia 13. Em caso de condenação, Marin poderá recorrer em prisão domiciliar. O brasileiro foi preso em 27 de maio de 2015, em Zurique, acusado de receber propina para beneficiar empresas de marketing esportivo que compraram direitos de transmissão e comerciais da Copa do Brasil, da Copa América e da Copa Libertadores.

Em novembro de 2015, Marin foi extraditado para os EUA, onde fez um acordo para poder aguardar seu julgamento em prisão domiciliar. Marin mora (e está preso) num apartamento de 100 metros quadrados no 41o andar da Trump Tower, comprado em 1989. O caso é investigado nos EUA porque os acusados usaram bancos e empresas com sede no país para movimentar dinheiro.

Acusações semelhantes pesam sobre outros dois cartolas brasileiros: Marco Polo Del Nero, sucessor de Marin na presidência da CBF, e Ricardo Teixeira, presidente da entidade entre 1989 e 2012. Os dois estão no Brasil, País que não extradita seus cidadãos, e portanto não serão julgados pelos EUA. Teixeira e Del Nero também negam as acusações e afirmam ser inocentes.

Corrupção generalizada

O julgamento é parte de um inquérito criminal amplo, no qual os procuradores acusaram 42 pessoas e entidades. Os procuradores descreveram uma cultura de corrupção generalizada na concessão de direitos de transmissão e marketing de jogos de futebol em todo o mundo. Junto com Marin, Manuel Burga, ex-presidente da Federação de Futebol do Peru; e Juan Ángel Napout, ex-presidente da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) e da Federação de Futebol do Paraguai são os primeiros acusados a serem levados aos tribunais.

Vinte e quatro pessoas se declararam culpadas, a maioria desde que a investigação foi anunciada em maio de 2015, mas as primeiras confissões aconteceram em 2013. As acusações contra o dirigente de futebol norte-americano Charles Blazer foram anuladas após sua morte, ocorrida em julho.

“Depois de esperar dois anos, o senhor Napout anseia por seu dia no tribunal”, disse sua advogada, Silvia Pinera-Vazquez, na sexta-feira. Já Charles Stillman, advogado de Marin, e Bruce Udolf, advogado de Burga, disseram que seus clientes não quiseram fazer comentarários.

Entre os réus que já admitiram sua culpa no caso estão Jeffrey Webb, um ex-vice-presidente da Fifa e presidente da Concacaf, e José Hawilla, acusado de pagar propinas para garantir contratos para sua empresa de marketing esportivo, Traffic Group.

 

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https://www.osul.com.br/jose-maria-marin-chega-tribunal-em-nova-york-para-inicio-de-julgamento/ O ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol, José Maria Marin, é julgado nos Estados Unidos 2017-11-06
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