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Saúde Jovem que ficou deformada após plástica refaz cirurgia

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Annelise teve de refazer cirurgias plásticas para recuperar os danos da primeira operação. (Crédito: Reprodução)

Annelise da Silva Martins Levino, 27 anos, que ficou deformada após uma cirurgia plástica feita em uma clínica, em Goiânia (GO), refez o procedimento e diz que mudou de vida. Na época, a pele da barriga não foi devidamente removida, o que a deixou com um volume na região pubiana. “Parecia que eu tinha um pênis e chegaram a me confundir com um travesti”, relatou.

Antes de fazer a primeira cirurgia, Annelise era dona de casa. No entanto, após sofrer com o procedimento desastroso, ela estudou e passou a trabalhar como esteticista. Além disso, entrou para um grupo em uma rede social que falava sobre o tema. Aí, ela teve a ideia de criar seu próprio grupo, com o objetivo de ajudar outras pessoas sobre os cuidados na hora de escolher um cirurgião e uma clínica.

“Comecei com o grupo em 2013 e, aos poucos, ele foi crescendo. Hoje, são cerca de duas mil participantes, que trocam ideias sobre os procedimentos e todos os pontos que é preciso atentar. Lá falamos sobre os médicos que são credenciados junto ao Conselho Regional de Medicina e das experiências bem-sucedidas”, ressaltou. A troca de experiências ganhou força e o grupo fez o seu primeiro encontro real. “Consegui reunir alguns especialistas, que tiram dúvidas sobre o tipo de procedimento que deve ser realizado para cada caso e os cuidados que a pessoa tem de tomar”, disse.

O drama da esteticista começou quando fez a primeira cirurgia plástica, no dia 2 de julho de 2012. Ela queria retirar o excesso de pele na barriga após o nascimento da segunda filha e colocar silicone nos seios. “Tudo parecia bem, mas eu só fui ver que o resultado tinha sido desastroso cerca de cinco meses depois, quando desinchei. Aí, percebi que, além do excesso de pele acima da vagina, que parecia um pênis, eu estava com a cintura desproporcional, e o silicone estava caído”, lembrou.
Na ocasião, segundo Annelise, o médico Gustavo Resende, responsável pela operação, alegou que ela não precisava ter passado por todos os procedimentos. “Ele disse que eu não precisava retirar o excesso de pele e apenas fez a colocação dos implantes [335 mililitros em cada um] e uma lipoaspiração na região da barriga. Porém, o resultado que ele deixou foi pior do que o que eu estava.”

A jovem, então, procurou o médico e ficou acertado que seria feita uma nova cirurgia reparadora. Porém, uma questão financeira atrapalhou a realização do procedimento. “A cirurgia custou 11 mil reais. Paguei 6,8 mil à vista e parcelei o restante em quatro vezes de 1.050 reais. Quando notei que o médico tinha destruído meu corpo, sustei o último cheque e comuniquei a ele. Falei que ia sustar porque não tinha ficado satisfeita com a cirurgia e só iria pagar quando ele me desse o reparo”, contou. Ao constatar o não pagamento da última prestação, o cirurgião teria se negado a fazer uma correção na paciente. “Eles me acusaram de ser caloteira e me mandaram procurar meus direitos. E foi o que eu fiz”, apontou Annelise.

Caso de polícia.

Após denunciar o caso à polícia, ela procurou um advogado e entrou com uma ação na Justiça. Segundo Annelise, até agora, nenhuma audiência chegou a ser realizada. “O meu caso segue tramitando no Tribunal de Justiça, em Goiânia. Pedi a reparação dos danos e, mesmo já tendo feito a nova cirurgia, tive muitos prejuízos.” Ela investiu mais 27 mil reais em uma nova abdominoplastia e colocação de silicone, em dezembro do ano passado. Depois disso, se considera recuperada. “Fiz um novo sacrifício para reparar minha vida. Agora que consegui arrumar o meu corpo estou bem, mas o médico tem de ser punido”, ressaltou. (AG)

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https://www.osul.com.br/jovem-que-ficou-deformada-apos-plastica-refaz-cirurgia/ Jovem que ficou deformada após plástica refaz cirurgia 2015-05-19
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