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Brasil Jovem que procurava o pai que nunca tinha conhecido descobre que ele trabalha na mesma empresa

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Beatriz Natel dos Santos e Francisco Costa Coelho trabalham em uma cooperativa agroindustrial do Paraná. (Foto: Reprodução)
Com auxílio de uma rádio, jovem de 21 anos encontrou o pai. (Foto: Reprodução)

Com auxílio de uma rádio, jovem de 21 anos encontrou o pai. (Foto: Reprodução)

Beatriz Natel dos Santos tem 21 anos e desde os 17 anos procurava pelo pai que nunca conheceu. A surpresa maior foi descobrir que ele estava mais perto do que ela imaginava: os dois trabalham na mesma empresa – a Copacol (Cooperativa Agroindustrial Consolata) em Cafelândia, no Paraná.

A jovem foi criada pela mãe e pelo padrasto e só soube que o homem que a criou não era seu pai biológico aos 14 anos. Três anos mais tarde, começou a procurar pelo pai. “Quando minha mãe me contou, ela não deixou eu procurá-lo por medo. Mas quando eu estava para fazer 18 anos postei no Facebook que estava procurando ele, e nada. Logo depois minha tia me deu uma foto dele, eu postei de novo e nada”, conta.

Auxilio da rádio. 

Além do nome do homem – Francisco Costa Coelho –  e de uma foto, a única informação que a jovem  tinha sobre o pai biológico era que ele, provavelmente, ainda moraria em Sorocaba, em São Paulo. Sem conseguir mais nenhuma pista, Beatriz decidiu, em julho deste ano, pedir ajuda em uma rádio da cidade.

Na emissora, conheceu o repórter Genésio Roecher, que também trabalha no Sintrascoop (Sindicato dos Trabalhadores em Cooperativas de Cascavel e região), e  decidiu ajudar. Seguindo as pistas, ele passou por cinco cidades até voltar ao ponto de partida, Cafelândia. “Descobri que ele [o Francisco] também trabalhava na Copacol. Eles trabalhavam juntos. Quando comparei as fotos, a do cadastro dele com a foto que a Beatriz tinha, vi que era o mesmo cara. Levei um susto”, lembra Roecher.

Sem notícias, Beatriz achou que o repórter também não tinha conseguido nenhuma informação sobre o paradeiro de seu pai. “Eu acendi uma vela para Nossa Senhora Aparecida e depois de dois dias ele [o repórter] me retornou dizendo que tinha notícias. Eu já estava angustiada”, revela a jovem.

O encontro. 

Roecher contou para Beatriz que tinha achado Francisco.  Em seguida, foi até a casa de Francisco e revelou que ele tinha uma filha que procurava por ele. Dias depois um encontro foi promovido entre os dois no Sintrascoop. “Combinamos dela se passar por uma advogada e entrar na sala com alguns papéis para ele assinar, para ver se o pai iria reconhecer a filha”, relembra o repórter.

“Eu estendi o papel e falei: ‘O senhor poderia assinar esse documento? Senão eu mesmo assino, pai’. Ele ficou parado por uns segundos e depois me abraçou”, conta Beatriz, ainda emocionada. “É inexplicável, não tem como descrever a sensação”, relata a jovem.

Hoje, Francisco é casado e tem cinco filhos, nenhum biológico. Ele mora em uma cidade vizinha a Cafelândia, em Nova Aurora (PR). Ele conta que vai preparar uma festa para comemorar o encontro. “Dia 7 de outubro, eu faço 51 anos e minha mulher faz 44, dia 8. Vamos fazer uma festa lá em casa e ela vai participar.” Para ele, achar a filha na mesma empresa em que trabalha foi uma “coincidência boa”. “Talvez ela tenha sentado comigo e eu nem sabia que era minha filha.”

Separação. 

Beatriz conta que o pai e a mãe dela se conheceram em Assis Chateaubriand, também no Paraná, quando eram jovens. Francisco morava em Sorocaba e estava na cidade para visitar a mãe.

Os dois começaram a sair e logo Francisco pediu a jovem em namoro. Eles mantiveram o relacionamento à distância por cerca de um mês, até Francisco voltar a Assis Chateaubriand e pedir se a garota queria morar com ele em São Paulo. Ela aceitou e os dois foram juntos para Sorocaba.

Após cinco ou seis meses, ela decidiu voltar para o interior do Paraná porque não tinha se acostumado com a cidade. Pouco tempo depois de chegar a Assis Chateaubriand, a moça descobriu que estava grávida e tentou entrar em contato com Francisco, porém foi impedida por uma tia dele, que não acreditou que o filho era de seu sobrinho.

Ofendida com a situação, a jovem decidiu criar a filha sozinha com a ajuda da família e só revelou o segredo quando Beatriz já era adolescente. (AG)

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https://www.osul.com.br/jovem-que-procurava-o-pai-que-nunca-tinha-conhecido-descobre-que-ele-trabalha-na-mesma-empresa/ Jovem que procurava o pai que nunca tinha conhecido descobre que ele trabalha na mesma empresa 2015-09-21
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