Quinta-feira, 18 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 20 de novembro de 2015
Um juiz na Inglaterra atendeu o pedido da filha de uma mulher doente para que os médicos desliguem os aparelhos que a mantêm viva. A idosa, hoje com 68 anos, foi diagnosticada com esclerose múltipla há mais de 20 anos e vive presa a uma cama em estado de semiconsciência. Os médicos foram autorizados a desligar a alimentação e hidratação por sonda, para que a idosa morra aos poucos. A decisão foi considerada inédita pela imprensa britânica. É a primeira vez que a Justiça autoriza que médicos desliguem aparelhos de uma pessoa minimamente consciente, mas que não consegue expressar sua vontade.
Para convencer o juiz, a filha da idosa explicou que, se pudesse escolher, a mãe preferiria morrer do que continuar vivendo de maneira que ela não consideraria digna. Nenhum dos médicos consultados se opôs ao fim do tratamento da mulher.
O julgamento nada tem a ver com suicídio assistido, que continua proibido no Reino Unido. No suicídio assistido, profissionais de saúde precisariam aplicar uma injeção letal para ajudar o doente a morrer, por exemplo.
Em abril de 2002, a Holanda tornou-se o primeiro país do mundo a legalizar a eutanásia e também descriminalizou o suicídio assistido. O país impôs uma série de condições: é preciso que a doença diagnosticada seja incurável e que o paciente esteja sofrendo de dor “insuportável”, sem perspectiva de melhora. (Consultor Jurídico)