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Brasil Juiz federal mantém a prisão preventiva do ex-ministro Geddel Vieira Lima

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Geddel nega as acusações feitas contra ele. (Foto: Reprodução)

O juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, titular da 10ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal, manteve nesta quinta-feira (06) a prisão preventiva do ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB), detido na segunda-feira (03) em Salvador (BA).

Com a decisão, não há prazo para a saída de Geddel da prisão, mas Vallisney deverá voltar a analisar o pedido na semana que vem. O magistrado também negou a aplicação de medidas alternativas, como prisão domiciliar, uso de tornozeleira eletrônica e proibição de contato com outros investigados.

Um dos aliados mais próximos do presidente Michel Temer e responsável pela articulação política do Palácio do Planalto até o fim do ano passado, Geddel foi preso por suspeita de atrapalhar investigações da Operação Cui Bono, que apura supostas fraudes na liberação de crédito da Caixa Econômica Federal.

Ele foi vice-presidente de Pessoa Jurídica do banco entre 2011 e 2013 no governo Dilma Rousseff e, de acordo com as investigações, manteve a influência sobre a instituição desde que Temer assumiu a Presidência em maio de 2016. Durante a audiência com o juiz Vallisney, a defesa de Geddel pediu a substituição da prisão preventiva por medidas alternativas. Questionado, ele se comprometeu a seguir todas as restrições e ordens da Justiça, incluindo comparecimento periódico e entrega de documentos e telefone celular com senha.

Ele também negou as acusações de ter embaraçado as investigações. “Coopero com a Justiça, como sempre cooperei. Tudo que fiz ou deixei de fazer foi sob orientação de meus advogados. Tenho crença inabalável, eu não tomei nenhuma atitude de longe interpretada como embaraço à Justiça ou às investigações”, disse.

Durante a audiência, Geddel confirmou ter falado por telefone com a mulher do doleiro Lúcio Funado, Raquel Pitta, pelo menos dez vezes no último ano. Uma das alegações do Ministério Público para a prisão de Geddel é que ele tentava impedir uma delação de Funaro. Geddel disse, no entanto, que tratava somente de assuntos de família.

“Em nenhum momento, fala de pressão, de sondagem sequer”, disse, negando que tinha interesse em saber se o doleiro iria fazer delação premiada. O juiz determinou que a polícia ouça em depoimento a mulher de Funaro e faça perícia no celular dela para saber se houve algum tipo de pressão para evitar a delação do doleiro e também para verificar se Geddel realmente ligou para ela.

O advogado Gamil Föppel, responsável pela defesa do ex-ministro, afastou a possibilidade de o seu cliente optar por um acordo de colaboração premiada com os investigadores da Operação Lava-Jato. Para o criminalista, não há o que delatar, uma vez que o seu cliente não cometeu crimes. “Se prenderam para delatar, não haverá o prêmio”, disse Föppel.

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