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Por Redação O Sul | 4 de abril de 2017
O cineasta Roman Polanski perdeu mais uma tentativa de encerrar um caso de estupro de uma adolescente de 13 anos cometido na década de 1970. Nesta segunda-feira (3), um juiz de Los Angeles decidiu que o diretor não pode pedir liberação dos tribunais enquanto for considerado fugitivo.
Polanski mora na França, país em que nasceu numa família de origem polonesa, e não foi capaz de apresentar novos argumentos no caso que já dura quatro décadas.
Em uma decisão de 13 páginas, o juiz Scott Gordon, do Tribunal Superior, declarou que Polanski, de 83 anos, “não pode se aproveitar do tribunal ao mesmo tempo em que o desacata”.
A França recusou-se a extraditar o diretor, que não viajou a Los Angeles em 2003 para receber o Oscar que ganhou pelo filme “O pianista”.
Durante uma audiência em março, o advogado de Polanski, Harland Braun, pediu ao juiz para decidir que o diretor já havia cumprido pena atrás das grades em 1977. Naquele ano, o cineasta passou 42 dias na cadeia enquanto aguardava sentença pelo estupro.
Caso a solicitação do advogado fosse acatada, Polanski voaria de Paris imediatamente para os Estados Unidos para a sentença, afirmou Braun.
Após a decisão, o advogado disse que o juiz havia fracassado em tratar da “questão central” do caso. O defensor de Polanski citou emails que, segundo ele, mostram que o juiz-presidente da Corte Superior de Los Angeles havia violado leis da corte ao contar para um colega como lidar com o caso de grande importância.
“Você não vai encontrar uma palavra sobre isso (na decisão de Gordon). Ele simplesmente ignorou isso”, disse Braun. “Ao invés de passar um sermão em Roman Polanski e em todos os advogados, fale sobre os e-mails.”