Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 12 de dezembro de 2016
O juiz Sérgio Moro retoma nesta segunda-feira (12) os depoimentos das testemunhas de acusação contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na ação penal sobre o tríplex do Guarujá-SP.
Ao todo quatro pessoas serão ouvidas por videoconferência de São Paulo: os engenheiros da empreiteira OAS, Igor Ramos Pontes e Mariuza Aparecida da Silva Marques e os funcionários da Kitchens Cozinhas, Mario da Silva Amaro Júnior e Arthur Hermogenes Sampaio Neto.
No dia 16 de dezembro, último dia antes do recesso do Judiciário, serão ouvidos José Afonso Pinheiro (Léo Pinheiro), Rosivane Soares Cândido e Luiz Antônio Pazine. Todas arroladas pelos procuradores do MPF (Ministério Público Federal).
Até agora 19 testemunhas arroladas pelo MPF já foram ouvidas. Apenas o ex-deputado Pedro Corrêa (PP) e o ex-senador Delcídio do Amaral (PT) fizeram acusações contra o ex-presidente, embora não tivessem conhecimento sobre o triplex.
Lula, a ex-primeira dama Marisa Letícia e outros seis são réus no processo em que Lula é acusado de receber R$ 3,7 milhões em vantagens indevidas – pela reserva e reforma do apartamento.
As testemunhas de defesa do ex-presidente Lula devem ser ouvidas no ano que vem, a partir do dia 6 de janeiro. Após essa etapa, Lula deve ser ouvido. Então, acusação e defesa fazem as alegações finais que antecedem a sentença do juiz Sérgio Moro.
Acusações contra Lula
O ex-presidente Lula foi indiciado por corrupção passiva, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. No inquérito, Lula é apontado como recebedor de vantagens pagas pela empreiteira OAS no triplex do Guarujá.
Os laudos apontam melhorias no imóvel avaliadas em mais de R$ 777 mil, além de móveis estimados em R$ 320 mil e eletrodomésticos em R$ 19,2 mil. A PF estima que as melhorias tenham custado mais de R$ 1,1 milhão no imóvel do Guarujá.
A ex-primeira dama Marisa Letícia foi indiciada por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Para a PF, Marisa recebeu, junto a Lula, vantagens indevidas da empreiteira OAS nas reformas do triplex.