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Brasil Justiça bloqueia R$ 1 bilhão de empresários do agronegócio

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(Foto: Reprodução)

A Justiça determinou o bloqueio de até R$ 1 bilhão dos investigados na Operação Carne Fraca, que tem o objetivo de combater a corrupção de fiscais agropecuários federais e empresários do agronegócio. Mais de 1 mil policiais federais foram às ruas para cumprir 309 mandados judiciais.

São 27 mandados de prisão preventiva, 11 de prisão temporária, 77 de condução coercitiva e 194 mandados de busca e apreensão. A operação foi realizada no Paraná, São Paulo, Distrito Federal, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Goiás. Segundo investigações, os agentes públicos que deveriam fiscalizar o setor agropecuário acabavam facilitando a produção de alimentos adulterados, emitindo certificados sanitários sem qualquer fiscalização de fato.

Para cometer essa irregularidade, os agentes recebiam propina. Todo esse esquema permitiu com que várias empresas operassem em total desrespeito à legislação. São mais de 70 empresas citadas por participar das supostas irregularidades, entre elas JBS, Seara e BRF.

Em despacho que autoriza as prisões, o juiz da 14ª Vara Federal de Curitiba, Marcos Josegrei da Silva, afirma que “é estarrecedor perceber que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento tenha sido tomado de assalto – em ambos os sentidos da palavra – por um grupo de indivíduos que traem, reiteradamente, a obrigação de efetivamente servir à coletividade”.

Entre os problemas encontrados ao longo de dois anos de investigação, estão a reembalagem de produtos vencidos, inobservância da temperatura adequada das câmaras frigoríficas, venda de carne imprópria para o consumo humano e até uso de produtos cancerígenos em doses altas para ocultar as características que impediriam o consumo dos produtos. Há situações até em que a contratação de fiscais contou com a aprovação de empresários que iriam ser fiscalizados no futuro, inclusive com o pagamento de parte expressiva da remuneração do funcionário sendo feita, de forma oculta, pelo setor privado.

O juiz ainda ressalta que “a conclusão a que se chega é a de que a menor das preocupações que possuem os servidores é a de inspecionar a adequação aos parâmetros de qualidade dos produtos que depois serão consumidos por brasileiros e, nos casos de exportação, por estrangeiros”.

 

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