Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 27 de novembro de 2015
O Tribunal de Família da cidade de Talcahuano, no Sul do Chile, concedeu uma liminar que proibiu a vendedora Cinthia Ortiz de amamentar sua primeira filha, nascida no dia 19. A decisão veio de um pedido do hospital Las Higueras, onde ela deu a luz, que usou como argumento o fato de a mãe ter declarado o consumo de maconha.
A liminar também impede que Cinthia leve sua bebê para casa, permitindo apenas que ela visite a filha no hospital duas vezes por dia. O caso começou a repercutir a nível nacional nessa quinta-feira, quando Cinthia e o marido, o bancário Cristian Montorfano, foram a um programa de televisão para falar sobre o acontecido.
“Me perguntaram se eu consumia maconha ou outras drogas, e eu disse que havia fumado maconha no fim de semana anterior. No dia seguinte, a direção do hospital disse que iria me afastar da minha filha para resguardar a saúde dela. Eu me senti um lixo”, disse ela.
O casal garante que nenhum dos dois consome maconha ou outro tipo de droga regularmente – exames teriam comprovado somente o uso de maconha – e que Cinthia começou a fumar uma espécie de cannabis, recomendada por uma terapeuta. “Nos últimos meses, sentia dores nas costas, nos quadris e nos ombros, eram insuportáveis. Uma amiga recomendou [a droga] e garantiu que não causaria problemas à bebê”, diz Cinthia. (Victor Farinelli/OperaMundi)