Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 9 de fevereiro de 2017
A Justiça aceitou a denúncia contra os agressores que mataram um ambulante Luiz Carlos Ruas na estação de Metrô Parque D.Pedro 2º na noite de Natal. O julgamento foi marcado para o mês de abril.
Alípio Santos e Ricardo Nascimento, que estão presos, vão responder pelo crime de homicídio qualificado pelo espancamento da vítima até a morte.
Imagens de câmeras de segurança da estação de Metrô registraram o momento em que o ambulante foi espancado pelos agressores.
No mês passado, a Justiça determinou que o Metrô pague pensão mensal de R$ 2.232,54 para a mulher do ambulante.
Segundo o Tribunal de Justiça, o valor estipulado, que corresponde ao rendimento médio do vendedor e deverá ser depositado todo dia 20 de cada mês, já a partir de janeiro, sob pena de multa. Cabe recurso da decisão.
Ricardo Nascimento Martins, um dos suspeitos de agredir e matar o vendedor ambulante, foi preso em 27 de dezembro. Ricardo foi detido em Itupeva, no interior do estado, e levado para a capital.
O suspeito estava escondido na casa de um amigo. Ricardo e o primo Alípio Rogério Belo dos Santos tiveram prisão temporária decretada pela Justiça e o governo de São Paulo chegou a oferecer recompensa de R$ 50 mil por informações sobre o paradeiro deles.
Alípio Rogério dos Santos, o segundo suspeito de matar o ambulante, foi preso em 28 de dezembro em um prédio da Cohab em Itaquera, na Zona Leste de São Paulo.
Os dois são suspeitos de matar Luiz Carlos Ruas, que trabalhava como ambulante do lado de fora da estação Pedro II, no centro de São Paulo, após ele tentar defender um homossexual e uma travesti que eram perseguidos pelos suspeitos.
As imagens das câmeras da estação mostram a perseguição de dois homens à travesti. Ela passa por baixo da catraca do metrô, corre com os criminosos em seu encalço e consegue escapar. Em seguida, quem já aparece fugindo dos agressores é Ruas. Mas ele cai e é atingido por repetidos socos e pisões dos dois homens.
A estação Pedro II, da Linha 3-Vermelha do Metrô, não contava com nenhum segurança quando Ruas, de 54 anos, foi espancado. As agressões ocorreram em frente a uma bilheteria, por volta das 20h do Natal, e foram registradas por câmeras segurança.
Ele trabalhava há mais de 20 anos na saída de uma passarela para pedestres do lado de fora da estação onde foi morto.