Terça-feira, 23 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 20 de maio de 2015
O inquérito policial que investigou as circunstâncias da morte de Odilaine Uglione e concluiu que a mãe do menino Bernardo Uglione Boldrini se suicidou deverá ser reaberto. A decisão é do juiz Marcos Luís Agostini, da 1ª Vara Judicial da Comarca de Três Passos, e atende a pedido do Ministério Público. Com isso, as investigações sobre a morte de Odilaine devem ser retomadas.
“Verifica-se que merece deferimento o pedido de desarquivamento do inquérito policial apresentado pelo Ministério Público. Os elementos e fundamentos apresentados são suficientes para reabertura das investigações acerca da morte de Odilaine Uglione”, afirmou o magistrado. Em relação ao pedido de Jussara Marlene Uglione, mãe de Odilaine, para que o juízo requisite à chefia de polícia a designação de um delegado da Região Metropolitana de Porto Alegre para realizar a investigação, o magistrado concluiu que a definição dessa questão é atribuição da própria Polícia Civil.
Ao solicitar o desarquivamento do inquérito, a promotora Silvia Inês Miron Jappe justificou que os laudos da assistência técnica, confeccionados a pedido de Jussara, trazem novos fatos, imputando à secretária do consultório de Leandro Boldrini a confecção da carta suicida e, inclusive, colocando uma terceira pessoa dentro da sala de atendimento em que ocorreu o fato, onde, em tese, estariam apenas Leandro e Odilaine.
Odilaine teria cometido suicídio dentro do consultório de Leandro no dia 10 de fevereiro de 2010. A mãe de Bernardo teria escrito uma carta um dia antes da sua morte. Já o menino desapareceu em 4 de abril de 2014, em Três Passos, e teve o corpo encontrado na noite do dia 14, em Frederico Westphalen. Ele morreu aos 11 anos.