Terça-feira, 23 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 31 de julho de 2015
A Justiça Federal determinou a devolução de mais 69 milhões de reais à Petrobras, visando restituir perdas de um esquema de propina que envolveu funcionários da estatal e a fornecedora holandesa de navios-plataforma SBM, informou o MPF (Ministério Público Federal) no Rio de Janeiro em seu site, nessa quinta-feira. Em maio, a Petrobras obteve a devolução de 157 milhões de reais.
O montante a ser devolvido, em cerimônia na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, nessa sexta-feira, é parte do total repatriado a partir da Suíça desde abril deste ano, em um caso de corrupção que envolveu o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, e representa uma quantia pequena perto das perdas de corrupção já declaradas pela Petrobras, que somam 6,2 bilhões de reais.
Segundo o MPF, o dinheiro é fruto de propinas recebidas pelo ex-gerente entre 1999 e 2012, em função de contratos da Petrobras com a SBM Offshore. Barusco é um dos delatores do esquema de corrupção na estatal investigado pela Operação Lava-Jato, tendo restituído cerca de 97 milhões de dólares.
Nas revelações feitas de novembro a dezembro de 2014, Barusco admitiu sua participação no esquema criminoso de desvio de recursos da Petrobras e forneceu diversas informações e provas sobre crimes praticados por outras pessoas.
A companhia holandesa de plataformas foi a primeira a firmar com a CGU (Controladoria-Geral da União) e a AGU (Advocacia-Geral da União) memorando de entendimentos para um acordo de leniência relativo ao pagamento de propina para funcionários da Petrobras. (AG)