Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 23 de maio de 2017
A Justiça do Distrito Federal determinou, nessa terça-feira, o bloqueio de até 26 milhões de reais dos ex-governadores José Roberto Arruda (PR) e Agnelo Queiroz (PT) e do ex-vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB), atual assessor do presidente Michel Temer. Os três foram presos pela PF (Polícia Federal) durante a Operação Panatenaico.
Eles são suspeitos de integrar um esquema de corrupção que superfaturou as obras do estádio Mané Garrincha, em Brasília. Para Arruda e Agnelo, o bloqueio de bens é de até 10 milhões, cada um. De Filippelli, foi determinado o bloqueio de até 6 milhões de reais.
Além dos três, outras sete pessoas tiveram o pedido de bloqueio de bens, feito pelo Ministério Público Federal, atendido pelo Judiciário. O montante total das dez pessoas chega a 50 milhões de reais.
A construtora Via Engenharia, que participou de todo o processo licitatório no consórcio com a Andrade Gutierrez, também foi alvo de bloqueio de bens. Por determinação da 10ª Vara Federal, o valor é de até 100 milhões de reais.
Segundo o juiz da 10ª Vara Federal Vallisney de Souza Oliveira, o acordo entre as empresas garantiu a execução dos crimes denunciados: “fraude à licitação, lavagem de dinheiro, corrupção, peculato e associação criminosa”.
Três acusados de terem participado do esquema de corrupção, no entanto, tiveram o pedido de indisponibilidade de bens indeferidos. De acordo com o juiz, a situação dos advogados José Wellington Medeiros de Araújo e Luiz Carlos Barreto de Oliveira Alcoforado, bem como do empresário Alberto Nolli Teixeira, sócio da Via Engenharia, “que sofrerão somente busca e apreensão, pelo menos até o presente momento, é diferente daqueles a quem se requer também prisão temporária”.
Os mandados de prisão contra os políticos e outros seis acusados de envolvimento na fraude começaram a ser cumpridos pela Polícia Federal por volta das 7h dessa terça-feira.