Brasil Ladrões usaram um barco em travessia ao Brasil após megarroubo no Paraguai
Por Redação O Sul | 27 de abril de 2017
O rio pode não ser o caminho mais curto, mas vem sendo considerado por criminosos como o mais seguro para passar do Paraguai para o Brasil sem levantar suspeitas, carregando dinheiro, drogas, armas ou cigarros falsificados. Foi pelo rio Paraná que fugiram os responsáveis pelo roubo milionário de uma empresa de valores em Ciudad del Este, na fronteira com o Brasil. Usaram dois barcos para atravessar as águas que dividem os dois países.
O roubo é considerado por autoridades do Paraguai como o maior da história do país. Segundo a polícia local, foram levados 40 milhões de dólares (cerca de 120 milhões de reais). A transportadora Prosegur chegou a divulgar um valor menor em outros países (8 milhões de dólares), mas, segundo a assessoria da empresa no Brasil, houve um erro, e a informação não está confirmada.
A suspeita é que o megarroubo tenha sido praticado por membros da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Até essa quarta-feira (26), 16 suspeitos haviam sido presos – todos brasileiros. Sete deles, no entanto, foram soltos.
A ação foi cinematográfica e bem planejada, de acordo com a polícia. Um mês antes, os criminosos alugaram um sobrado na rua Manday, bairro San José, a dois quilômetros da empresa de valores. No final da noite de domingo, queimaram carros e caminhões para impedir que policiais se aproximassem da sede da companhia. Seis bombas explodiram as paredes blindadas, além de tiros de fuzis disparados da rua e do telhado de uma casa. Os homens usavam armamentos que as polícias brasileira e paraguaia não dispõem, como metralhara.50, capaz de derrubar aeronaves. Na empresa, apenas três funcionários faziam a segurança. Um policial que estava na rua foi assassinado. (Folhapress)
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