Sexta-feira, 29 de março de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Mundo Laptop do procurador que queria a prisão de Cristina Kirchner e apareceu morto teve mais de 60 acessos

Compartilhe esta notícia:

Nisman foi encontrado morto com um tiro na cabeça em 18 de janeiro, em seu apartamento. (Foto: Marcos Brindicci/Reuters)

O notebook que o procurador-geral Alberto Nisman tinha em sua casa em Buenos Aires, na Argentina, onde foi encontrado morto há mais de quatro meses, registrou 60 conexões externas, através das portas USB, horas após a sua morte, informou o jornal “Clarín”.

Nisman, que investigava o ataque contra uma associação judaica, perpetrado em 1994 em Buenos Aires, apareceu morto com um tiro na cabeça em 18 de janeiro, quatro dias após apresentar denúncia contra a presidenta Cristina Kirchner e o chanceler Héctor Timermen por acobertamento dos suspeitos iranianos que teriam participado do atentado terrorista.

As conexões ao computador pessoal do procurador-geral foram detectadas por volta das 20 horas do dia 18 de janeiro, momento no qual os legistas determinaram que Nisman já estava morto havia várias horas. A imprensa argentina já tinha revelado que dados foram apagados do computador de Nisman e foi constatado também que seu smartphone tinha um vírus do tipo “cavalo de Troia”. Através do programa malicioso, mensagens de texto, conversas do aplicativo WhatsApp e chamadas telefônicas foram apagadas.

Acessos via USB

A promotora encarregada do caso, Viviana Fein, já havia confirmado que acessos por entrada USB tinham sido detectados pelos investigadores doze horas após a hora estimada da morte de Nisman e horas antes de o corpo ser encontrado. Ela esclareceu, contudo, que é preciso esperar para saber se os registros foram locais ou manipulações. Espera-se agora que a análise dos dispositivos eletrônicos de Nisman seja o foco da investigação sobre sua morte. As autoridades não conseguiram determinar se o procurador-geral cometeu suicídio, se matou de forma induzida, ou foi assassinado. Os resultados definitivos levarão mais de um mês para ficarem prontos.

Controvérsias

A investigação da morte de Nisman ganhou novos capítulos após um programa de televisão mostrar, no domingo, um vídeo oficial da polícia em que é possível ver as autoridades argentinas contaminando a cena do crime. Nas imagens, um perito retirou, com uma luva, parte do sangue presente na arma encontrada junto ao corpo de Nisman e depois manipulou o carregador e as balas com as mesmas luvas manchadas. Também foi registrado o momento em que o perito recebeu uma instrução da promotora Viviana Fein para limpar o sangue com papel higiênico, com o objetivo de descobrir o número de identificação da arma.

Histórico

O promotor investigava o atentado que matou mais de 80 pessoas. Recentemente, a Justiça argentina arquivou a denúncia de Nisman contra a presidenta por inexistência de crime. Em março deste ano, três ex-integrantes da cúpula de Hugo Chávez confirmaram a conspiração denunciada por Nisman. De acordo com eles, hoje exilados nos Estados Unidos, o Irã mandou dinheiro por intermédio da Venezuela para a campanha de Cristina Kirchner em troca de segredos nucleares e impunidade no caso Amia.

Hipótese de suicídio

A ex-companheira de Nisman, Sandra Arroyo Salgado, que viveu com o promotor por 17 anos e é mãe de suas duas filhas, não acredita na hipótese de suicídio.

“Não tenho dúvida, de que por causa do jeito que ele era, sua personalidade, ele nunca tiraria a própria vida”, disse. “Ele era extremamente cuidadoso com sua saúde e tinha medo de morrer jovem. Por isso, quando me contaram que ele havia sido encontrado morto e havia uma arma no local, sabia que alguém o havia matado.”

No momento da morte de Nisman, Sandra estava em viagem ao exterior e, quando voltou à Argentina, ficou surpresa com a rápida velocidade do exame post mortem e o insucesso em preservar as provas encontradas no apartamento do promotor.

Assim, embora ela e Nisman estivessem separados, ela, que é juíza, começou suas próprias investigações.

“A única coisa que estamos buscando é a verdade”, afirmou. “Minha equipe de investigadores analisou as fotos e o vídeo da autópsia oficial e chegou à conclusão que a morte de Alberto certamente não foi acidental.”

“É como se as autoridades responsáveis pela investigação estivessem ignorando completamente o fato de que Alberto foi encontrado morto apenas quatro dias depois de ter acusado a presidenta do país de nada menos do que um possível acobertamento de um ataque terrorista que resultou na morte de 85 pessoas.” (Veja)

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Mundo

Hawilla tem negócios em Rio Preto, que vão de TV a condomínio de luxo
O Ministério da Saúde ampliou a vacinação contra o HPV para adultos até 26 anos
https://www.osul.com.br/laptop-do-procurador-que-queria-a-prisao-de-cristina-kirchner-teve-mais-de-60-acessos/ Laptop do procurador que queria a prisão de Cristina Kirchner e apareceu morto teve mais de 60 acessos 2015-06-05
Deixe seu comentário
Pode te interessar