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Por Redação O Sul | 14 de fevereiro de 2017
Aos maiores vencedores, mais um troféu. Usain Bolt, Simone Biles e Michael Phelps, principais nomes da Olimpíada do Rio 2016 pelos ouros conquistados no atletismo, na ginástica artística e na natação, respectivamente, receberam nesta terça-feira (14) o Prêmio Laureus, conhecido como o Oscar do Esporte, em cerimônia realizada em Monte Carlo (Mônaco). O jamaicano e a americana ganharam como melhores atletas, enquanto o maior medalhista da história dos Jogos foi premiado na categoria “retorno do ano”.
O Brasil, que concorria a dois prêmios, encerrou a noite sem troféu. O skatista Pedro Barros foi superado na categoria “esportes de ação” por Rachel Atherton, britânica do mountain bike, enquanto a seleção brasileira masculina olímpica perdeu a disputa para o Chicago Cubs, que encerrou um jejum de 108 anos ao sagrar-se campeão da Liga americana de beisebol (MLB).
A conquista de Bolt é a mais expressiva da noite porque o iguala ao tenista suíço Roger Federer como maior vencedor do Laureus com quatro troféus (também levou em 2009, 2010 e 2013), cumprindo ainda a tradição de levar o prêmio no ano seguinte às conquistas olímpicas. No feminino, Serena Williams também soma quatro prêmios: três como melhor atleta do ano (2003, 2010 e 2016) e uma como melhor retorno (2007). Na Rio 2016, Bolt faturou o ouro nos 100m, 200m e 4x100m.
Desta vez, o jamaicano superou nomes como Cristiano Ronaldo – que também teve participação em duas indicações de equipes e ficou de mãos vazias -, os jogadores de basquete Stephen Curry e LeBron James, o fundista Mo Farah e o piloto de Fórmula 1 Nico Rosberg.
O campeão mundial da maior categoria do automobilismo, no entanto, sagrou-se vencedor na categoria revelação. Rosberg, que decidiu se aposentar após a conquista, recebeu o prêmio das mãos do brasileiro Emerson Fittipaldi. A trinca de grandes nomes do esporte masculino fechou-se com Michael Phelps com o prêmio de retorno do ano.
Aposentado após os Jogos de 2012, o nadador sofreu com depressão, foi detido por dirigir embriagado e suspenso por doping por consumir maconha. Ao retornar às piscinas, voltou a assombrar o mundo e chegou no Rio à incrível marca de 28 medalhas olímpicas, 23 delas douradas.
“Foi incrível. Foi o um dos melhores anos da minha vida. Não tem melhor forma de encerrar minha carreira”, disse o americano.
A cerimônia premiou ainda a esgrimista italiana Beatrice Vio como melhor atleta paralímpica do ano e a Equipe Olímpica de Refugiados como inspiração esportiva.
Pela primeira vez, a Laureus abriu sua votação para o público escolher, via internet, o momento esportivo do ano. A categoria estreante premiou a equipe sub-12 do Barcelona, que trocou a comemoração após uma vitória pelo consolo aos adversários.