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Por Redação O Sul | 31 de maio de 2017
O novo ministro da Justiça, Torquato Jardim, afirmou nessa quarta-feira, após tomar posse do cargo no Palácio do Planalto, que a Operação Lava-Jato é um “programa de Estado, não de governo”. Ele também negou ter sido nomeado pelo presidente Michel Temer para influenciar o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que no dia 6 deste mês começa a julgar o pedido de cassação da chapa que reelegeu a então presidenta Dilma Rousseff, tendo como o peemedebista como vice.
“A sugestão é absolutamente desfundamentada”, declarou em seu discurso como novo titular da pasta. “Não sei de onde surgiu essa informação de que eu viria para o Ministério da Justiça para influenciar o TSE. Se eu tivesse toda essa influência, não assumiria o cargo, mas estaria em um escritório de advocacia.”
Questionado sobre a circunstância em que foi anunciado, em pleno domingo (no último fim de semana), Torquato argumentou que a decisão de aceitar a emprestada foi rápida. “Não foi um convite, mas convocação”, ressaltou.
Para o novo ministro, a garantia de condições para o pleno trabalho da Polícia Federal passa pelo cumprimento da Constituição Federal. “Como qualquer outro setor do governo federal, eu vou conversar e vou procurar conhecer”, considerou, sem entrar em pormenores ou polêmicas. “Dada a natureza da Polícia Federal, ela é um ente da Constituição e a sua competência está na lei máxima do País. A garantia dos meios necessários para a Polícia Federal fazer sua função é cumprir a Constituição.”