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Saúde Levar uma vida econômica conturbada pode causar insônia, ansiedade, compulsões e dependência química

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O lado emocional determina a forma de lidar com o dinheiro e pode gerar problemas econômicos. (Crédito: Reprodução)

Em tempos de crise, estar no azul é sinal de imunidade contra problemas com dinheiro, certo? Nem sempre. Para além do saldo bancário, ter uma relação saudável com as próprias finanças depende do equilíbrio psicológico de cada um. Por conta disso, a má administração da vida econômica pode trazer consequências perigosas ao bem-estar físico e mental.

Essa é a tese defendida pela psicóloga Camila Miranda no recém-lançado livro “Saúde Financeira – Uma Questão Emocional” (5W, 160 páginas, preço sugerido: 29 reais). Segundo a especialista, a maneira com a qual cada um convive com o dinheiro está relacionada ao significado dado a ele e a características interiores complexas, muitas vezes, inconscientes. Quem é inseguro, por exemplo, pode ficar suscetível tanto à avareza quanto ao esbanjamento.

“A saúde financeira pouco tem a ver com quanto se tem na conta, mas com questões psicológicas que vão determinar como a pessoa lida com suas necessidades diárias”, explica. “A habilidade matemática para não entrar no vermelho é simples, é só gastar menos do que se ganha. O que embola a situação é o emocional.”

Poupar demais, ao contrário do que se pensa, pode ser um sinal de desequilíbrio. “O mesquinho fica guardando para um momento de crise que nunca chega e não consegue usufruir do prazer de ter”, esclarece.

Segundo Camila, a saúde financeira só é alcançada quando há autoconhecimento suficiente para compreender diferenças emocionais que atrapalham a relação com o dinheiro. “É preciso ter flexibilidade e entender que ele serve para promover felicidade e prazer sem angústia.” Levar uma vida econômica conturbada pode causar insônia, ansiedade, compulsões e dependência química. Além disso, pode induzir a adoção de hábitos alimentares ruins e enfraquecer o sistema imune.

“Preocupações financeiras, sobretudo em tempos de crise, tendem a elevar o nível de estresse. Isso está relacionado ao aumento da pressão arterial, principal indutor de doenças coronarianas. Hipertensos e pessoas que apresentam duas ou mais doenças do coração devem se preocupar mais. Quando o estresse dá sintomas, como dor no peito e falta de ar, é importante procurar o médico”, afirma o cardiologista Stephan Lachtermacher.
Para Daiana Muniz de Oliveira, 31 anos, seu descontrole nas finanças é resultado de questões emocionais ligadas à solidão.

“Hoje, sou mais controlada com dinheiro, mas ainda compro demais sem poder. Ficava sozinha com minha filha, batia a tristeza e ia ao shopping gastar. Tenho três tablets sem uso. Estou tentando combater o defeito de querer suprir o que falta em mim comprando. Ano passado, fiquei bem endividada por conta de um empréstimo. Quando comecei a ter que recorrer à família e aos amigos para completar o aluguel e fazer compras para casa, vi que gastava muito com futilidades e precisava mudar”, conta.

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https://www.osul.com.br/levar-uma-vida-economica-conturbada-pode-causar-insonia-ansiedade-compulsoes-e-dependencia-quimica/ Levar uma vida econômica conturbada pode causar insônia, ansiedade, compulsões e dependência química 2015-07-29
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