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Armando Burd Lição para ser aprendida 

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Cadastro está aberto até o dia 11 de novembro e visitas às propriedades começam em 2020. (Foto: Embrapa)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Seis Estados do Nordeste costumam jogar no mesmo time, conseguindo o que querem, na maioria das vezes, e provocando o ranger de dentes das demais regiões do país. Minas Gerais percebeu as vantagens e se uniu ao grupo dos pedintes.
Do 9º encontro de governadores, sexta-feira, resultou carta aberta, usando linguagem sem rodeios e com reivindicações fortes ao presidente Michel Temer. Exigem a rediscussão do equilíbrio federativo quanto a receitas, transferências, despesas e competência.  Queixam-se do corte de recursos executado pelo Ministério da Fazenda e da proposta para renegociar as dívidas dos Estados.

Tem mais

Na carta aberta, os governadores reclamam do recém-criado Ministério da Segurança Pública, ainda sem definições e orçamento. Cobram a linha de financiamento de 42 bilhões de reais, para combater a violência, prometida pelo Palácio do Planalto em março e não cumprida.

Não vão parar

Os parlamentares federais do Nordeste e de Minas vão se encarregar do resto, batendo nas portas que conhecem muito em Brasília para que os pedidos sejam atendidos. Não descansarão enquanto não comprovarem os andamentos.

Difícil entender     

Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná mantêm um Conselho de Desenvolvimento e Integração com raras e burocráticas reuniões. Hoje, inexiste a pressão política sobre o governo federal, que se tornaria mais forte com a participação de São Paulo. Basta convidar.

Critério é do volume 

Brasília costuma atender primeiro quem chora alto. Quando o berreiro é conjunto, as brigadas do poder central entram em ação para baixar a estridência. Os Estados da região Sul ainda não aprenderam a prática com o Nordeste, que não cobrará direito autoral se vier a ser imitada.

Coragem e coerência

Para os pré-candidatos ao Palácio do Planalto falta um discurso consistente e comprometido com os problemas. Talvez devessem se inspirar, lendo os últimos textos de Tancredo Neves, de março de 1985, antes da  hospitalização. Exemplo:
“Não desejo e não tenho nenhum espírito de revanchismo, nenhum espírito de punição, nenhum espírito de exacerbar as condições de vida em um país em que o desemprego já é um flagelo. Mas tudo aquilo que for necessário para combater a inflação e recuperar as forças da Economia brasileira será feito, custe o que custar.”

Avanço e recuo

A 20 de maio de 2013, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, disse durante conferência em Brasília, que “o Congresso é notório pela ineficiência e inteiramente dominado pelo Poder Executivo”. Acrescentou que “os partidos políticos são de mentirinha”. A manifestação provocou mal estar e protestos no Congresso.
No começo do mês passado, quando o PSB tinha certeza de que concorreria à Presidência da República para corrigir o que criticava, Barbosa desistiu.

Diferença

O Conselho de Política Monetária, a 20 de maio de 2003, anunciou a nova taxa anual de juros: 26,5%. Hoje, está 6,5%.

O que dá certo

Com a colheita de mais de 116 milhões de toneladas de soja por ano, Brasil deverá superar a produção dos Estados Unidos.

Retração

A 20 de maio de 2008, o governo Lula desistiu de criar um novo imposto nos moldes da CPMF. Um ano antes, o governo sofreu desgaste político, quando a prorrogação da mesma cobrança acabou derrotada no Senado. Em 2015, houve mais uma tentativa, que não foi adiante.

Fortes características

Não são poucos os políticos que devem acrescentar abaixo do nome no cartão de visitas: sorriso permanente e frieza absoluta.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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https://www.osul.com.br/licao-para-ser-aprendida/ Lição para ser aprendida  2018-05-20
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