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Geral Líder do MTST, Guilherme Boulos, é liberado de delegacia após ser detido

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Boulos caracterizou a atual situação política do Brasil como grave. (Foto: Reprodução)

O líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), Guilherme Boulos, foi liberado da delegacia onde estava detido desde a manhã desta terça-feira (17), na Zona Leste de São Paulo, após assinar termo circunstanciado (medida usada para ocorrências de menor potencial ofensivo).

Boulos foi detido por resistência durante ação de reintegração de posse de terreno ocupado em São Mateus e ficou cerca de 10 horas na delegacia. Outro detido, o sem teto José Ferreira Lima também foi levado ao 49º Distrito Policial e liberado nesta noite.

Os moradores da comunidade Colonial disseram que foram notificados há uma semana por um oficial de Justiça e tentaram resistir com barricada. O terreno é de propriedade particular e cerca de 6 mil pessoas vivem há um ano e meio no local.

Por volta das 7h, os moradores acompanhados por Boulos pediram para os oficiais de Justiça que aguardassem a análise do pedido do Ministério Público de suspensão da ação de reintegração de posse para tentar reverter a decisão, mas não conseguiram e, às 8h20min, a PM (Polícia Militar) avançou. Bombas de gás lacrimogêneo e de pimenta foram utilizados na ação.

Ao sair da delegacia, Boulos criticou a ação da PM. Segundo ele, o policial que o prendeu argumentou que ele estava “sendo preso por incitação à violência, por desobediência e por outros crimes”. “Acabei sendo indiciado por resistência, para você ver a falta de consistência completa das acusações.”

“Para mim, resistência não é crime. Crime é despejar 700 famílias sem ter alternativa, resistência é uma reação legítima das pessoas contra uma barbaridade como esta”, afirmou.

Boulos voltou a dizer que considera a prisão política, “com o intuito de intimidar o MTST e a luta dos movimentos populares”. “Quero dizer que não vão conseguir nos intimidar. A luta só vai crescer, só vai aumentar a cada gesto fascista, a cada gesto ilegal, abusivo, como essa prisão de hoje”, acrescentou.

Nota

Por meio de nota, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo informou que “a PM atendeu ao pedido para apoiar os oficiais de Justiça no cumprimento da reintegração de posse” e que, “após tentativa de negociação dos oficiais com as famílias, sem acordo, os moradores resistiram hostilizando os PMs, arremessando pedras, tijolos, rojões e montando três barricadas com fogo”.

“Um policial militar ficou ferido de leve por uma bomba caseira e duas viaturas do Choque foram danificadas. A PM agiu para garantir o cumprimento da ordem judicial”, diz o comunicado. Ainda segundo a nota, Boulos e o outro integrante do MTST foram detidos por “participar de ataques com rojão contra a PM, incitação à violência e desobediência”.

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https://www.osul.com.br/lider-do-mtst-guilherme-boulos-e-liberado-de-delegacia-apos-ser-detido/ Líder do MTST, Guilherme Boulos, é liberado de delegacia após ser detido 2017-01-17
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