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Mundo Líder separatista da Catalunha comemora vitória nas eleições e se diz disposto a negociar com o governo da Espanha

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Carles Puigdemont está na Bélgica. (Foto: Reprodução)

Um dia depois de o bloco separatista obter a maioria do Parlamento catalão, o ex-presidente Carles Puigdemont discursou nesta sexta-feira (22) em Bruxelas (Bélgica) – onde está foragido – para celebrar o resultado do pleito. Sua fala, em tom de desafio, agrava a tensão com o governo da Espanha.

Acusado pela Justiça espanhola de rebelião e sublevação por ter declarado a independência da Catalunha em 27 de outubro, Puigdemont disse que voltará a Barcelona caso seja reeleito pelos deputados. “Exijo que nos respeitem”, disse. “Nós somos o governo legítimo da Catalunha.”

Sua vitória inaugura a segunda temporada da crise catalã, com a promessa de duros episódios. Há outros deputados foragidos ou detidos, incluindo o líder da sigla Esquerda Republicana, a terceira mais votada na quinta-feira. Não está claro como eles vão legislar. “A república já está proclamada e temos um mandato”, disse Puigdemont.

Ele afirmou estar aberto a uma reunião com o primeiro-ministro espanhol, o conservador Mariano Rajoy, mas perguntou: “Se nós chegarmos a um acordo para celebrar um outro plebiscito, o Estado espanhol estará preparado para respeitar um ‘sim’ à independência?”

A aliança de Puigdemont com outros separatistas é provável para formar o seu governo. O Juntos pela Catalunha terá 34 deputados. A Esquerda Republicana, 32. Já a Candidatura de Unidade Popular, de extrema esquerda, receberá apenas quatro – o suficiente para o trio separatista somar 70 cadeiras em um Parlamento com o total de 135.

Apesar de os separatistas provavelmente governarem unidos, a vitória individual foi do partido de centro-direita Cidadãos, que conquistou 37 assentos. O Partido Socialista da Catalunha teve 17, e os Comuns, de esquerda, oito. O conservador Partido Popular, de Rajoy, ganhou três.

O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, do Partido Popular, tinha convocado essas eleições regionais com a expectativa de superar os separatistas e encerrar a crise catalã, que explodiu após o plebiscito de 1° de outubro e a declaração unilateral de independência. Sua aposta, no entanto, não vingou. A persistência do bloco separatista liderado por Puigdemont pode ser a mais grave derrota política de Rajoy.

Contexto 

A Catalunha é uma região espanhola com alguma autonomia, incluindo um Parlamento próprio e sua força policial regional, os Mossos d’Esquadra. O fervor separatista, no entanto, tem ganhado força desde 2006 e culminou no plebiscito independentista de 1° de outubro. A consulta foi considerada ilegal por Madri, mas contou com a participação de 43% do eleitorado catalão e registrou 90% dos votos no “sim”. Embates entre a polícia e eleitores deixaram 900 feridos, diz o governo catalão.

Em 27 de outubro, desafiando o Estado espanhol, o Parlamento catalão declarou sua independência de maneira unilateral. Em resposta, Rajoy dissolveu o governo e passou a intervir na região utilizando o Artigo 155 da Constituição. Foi quando convocou essas eleições.

O próximo Parlamento catalão deve ser formalmente constituído até 23 de janeiro. A partir dessa data, há uma série de prazos para que legisladores elejam o presidente catalão. Caso nenhum candidato seja aprovado até 7 de abril, novas eleições devem ser convocadas ali.

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