Sábado, 20 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 14 de setembro de 2015
Os deputados britânicos aprovaram, em segunda leitura nessa segunda-feira (14), o projeto de lei conservador que visa a limitar o direito de greve.
Duramente criticado pelos deputados e membros do novo gabinete do Partido Trabalhista, o texto ainda deve ser aprovado em terceira leitura e passar pela Câmara dos Lordes antes de ser adotado formalmente.
O texto avançou, apesar da presença na linha de frente da oposição do novo líder do Trabalhismo, Jeremy Corbyn.
Angela Eagle, encarregada do Comércio no gabinete virtual no Trabalhismo, criticou “um ataque ideológico e partidário dos conservadores contra os sindicatos, mesmo que o número de dias de greve tenha caído 90% em duas décadas”.
Corbyn não tomou a palavra durante o debate, o qual ele assistiu, pela primeira vez em sua longa carreira política, na primeira fileira de oposição do Parlamento.
Ele se ausentou durante várias horas para presidir uma reunião com os membros de seu “gabinete sombra”. Quando voltou à Câmara dos Comuns no fim do dia, votou contra o projeto de lei, sem conseguir impedir a aprovação do texto, que passou por 317 votos contra 284.
O projeto de lei sobre os sindicatos prevê diversas reformas, incluindo o reforço do controle sobre os fundos destinados a essas entidades. Além disso e sobretudo, endurece as precondições para a realização de greve, algumas semanas depois de duas paralisações em massa que neutralizaram o metrô londrino.
O texto determina que qualquer greve seja precedida de uma votação, envolvendo a maioria da categoria. Atualmente, isso não é obrigatório. A maioria precisa dar sinal verde para a greve, como já acontece hoje. Em alguns setores considerados estratégicos, entre eles o dos transportes, pelo menos 40% do conjunto de assalariados deve se pronunciar, a partir de agora, para que a greve possa ser realizada. (AG)