Sábado, 20 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil A lista tríplice que será entregue a Michel Temer tem oito candidatos à sucessão de Rodrigo Janot na Procuradoria-Geral da República

Compartilhe esta notícia:

A documentação de Janot, na foto, foi recebida pelo Supremo Tribunal Federal, e o ministro Gilmar Mendes será o relator do caso. (Foto: Reprodução)

Em maio de 2016, Michel Temer desautorizou o então ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, quando este defendeu que o governo não nomeasse como procurador-geral da República o nome mais votado por integrantes do MPF (Ministério Público Federal).

“Quem escolhe o Procurador-Geral da República, a partir de lista tríplice, é o presidente da República. O presidente manterá tradição de escolha de primeiro de lista tríplice para PGR”, disse Temer, na ocasião, em nota. Hoje, ele mudou o tom e vem dando pistas de que pode não agir assim.

A Constituição Federal dá ao presidente a prerrogativa de escolher um nome entre todos os integrantes do MPF com mais de 35 anos de idade. Mas, desde 2001, a ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República) organiza uma eleição entre os membros da carreira e submete ao presidente os três nomes mais votados. A votação será em 27 de junho. O mandato do atual procurador-geral, Rodrigo Janot, vai até 17 de setembro.

Em 2001, Fernando Henrique Cardoso ignorou a lista e reconduziu à PGR Geraldo Brindeiro. A partir de 2003, com Lula, os presidentes têm nomeado o primeiro da lista – foi assim em 2015, quando Dilma Rousseff reconduziu Janot. Veja, a seguir, quem são os oito nomes cotados para o cargo.

Nicolao Dino

Apontado como o candidato mais próximo de Janot, notabilizou-se por pedir a cassação da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer no TSE, ingressou no MPF em 1991. É subprocurador-geral da República e vice-procurador-geral eleitoral e foi conselheiro do Conselho Nacional do Ministério Público e coordenou a Câmara de Combate à Corrupção do MPF. É mestre em direito pela UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e professor da UnB.

Ela Wiecko

Conhecida por ligação com a causa indígena. Deixou de ser vice de Janot após participar de um protesto anti-impeachment. Ingressou no MPF em 1975. É subprocuradora-geral da República, atua no STF na área cível. Foi vice-procuradora-geral da República no mandato de Rodrigo Janot e já coordenou a Câmara de Direitos Indígenas. É doutora em direito e professora na UnB (Universidade de Brasília).

Franklin Rodrigues da Costa

Candidatura surpreendeu parte dos procuradores, pois foi vista como inesperada. É tido como “outsider”. Ingressou no MPF em 1989. É subprocurador-geral da República. Foi procurador eleitoral e dos direitos do cidadão. Atuou com direitos humanos e apurou tortura e grupos de extermínio.  Formado em comunicação e direito e pós-graduado pela UnB.

Mario Luiz Bonsaglia

Faz críticas pontuais à gestão de Janot. Em 2015, ficou em segundo lugar na lista tríplice -a expectativa é de que seja bem votado. Ingressou no MPF em 1991. É subprocurador-geral com atuação criminal no STJ. Coordena a Câmara que trata do sistema prisional e do controle externo da PF. Foi do Conselho Nacional do Ministério Público e procurador regional eleitoral em SP. É doutor em direito do Estado pela USP.

Carlos Frederico dos Santos

Concorreu em 2015, quando fez forte oposição a Rodrigo Janot e ficou fora da lista tríplice. Diz que a Lava Jato precisa ser mais eficaz. Ingressou no MPF em 1991. É subprocurador-geral da República com atuação na área criminal no STJ (Superior Tribunal de Justiça). Presidiu a Associação Nacional dos Procuradores da República de 1999 a 2003, quando a lista tríplice foi criada. É mestre em direito e especialista em direito público.

Eitel Santiago de Brito Pereira

Concorreu pela última vez em 2009. Era do grupo do ex-procurador-geral Geraldo Brindeiro (1995-2003). Ingressou no MPF em 1984. É subprocurador-geral da República e atua no STJ. Já oficiou em processos cíveis no STF (Supremo Tribunal Federal) e foi corregedor-geral do Conselho Superior. É professor de direito constitucional da UFPB e mestre em Constituição e Sociedade pelo IDP.

Raquel Elias Ferreira Dodge

Faz oposição moderada a Janot e diz que a Lava Jato precisa ser célere. Em 2015, ficou em terceiro lugar na lista tríplice. Ingressou no MPF em 1987. É subprocuradora-geral da República com atuação no STJ na área criminal. Coordenou a Câmara Criminal e atuou na operação Caixa de Pandora (2009), que revelou o mensalão do DEM. É mestre em direito pela Universidade Harvard (EUA).

Sandra Cureau

Declara-se de oposição a Janot. Ingressou no MPF em 1976 e já ocupou muitos cargos. Hoje é menos conhecida entre os procuradores jovens. É subprocuradora-geral da República e integra a comissão examinadora de concursos para procurador da República. Foi vice-procuradora-geral da República e vice-procuradora-geral eleitoral, com atuação perante o STF e o TSE. Fez mestrado na Uerj e é doutoranda em direito na Universidade de Buenos Aires (Argentina).

 

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

O Vaticano investiga um grupo católico brasileiro por fazer um “pacto com Satã”
Um dos suspeitos de participar do atentado contra o presidenciável Jair Bolsonaro negou a participação no ataque
https://www.osul.com.br/lista-triplice-que-sera-entregue-ao-presidente-michel-temer-tem-8-candidatos-sucessao-de-rodrigo-janot-na-procuradoria-geral-da-republica/ A lista tríplice que será entregue a Michel Temer tem oito candidatos à sucessão de Rodrigo Janot na Procuradoria-Geral da República 2017-06-19
Deixe seu comentário
Pode te interessar