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Política O doleiro Lúcio Funaro chamou o empresário Joesley Batista de “ladrão” por não pagar propina acertada

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Funaro depôs nessa terça-feira como réu de ação penal que trata dos desvios no banco. (Foto: AE)

O corretor Lúcio Bolonha Funaro, delator da Operação Lava-Jato, chamou o empresário Joesley Batista – dono da holding J&F, controladora da JBS – de “ladrão” por dar um “tombo” nele próprio, no ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e no ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) ao não pagar parte das propinas referentes investimentos da Caixa. Os quatro estão presos, acusados de desviar dinheiro em esquemas de corrupção.

Funaro depôs nessa terça-feira como réu de ação penal que trata dos desvios no banco. Ele passou mais de três horas respondendo a perguntas da defesa de Cunha, também acusado na ação e presente à audiência. O corretor admitiu em sua colaboração que atuava como operador do PMDB, cobrando comissões de empresas para que a cúpula do banco, aparelhada politicamente, aprovasse investimentos bilionários.

Ele disse que Joesley tinha com ele e o grupo de Eduardo Cunha um acerto para pagar 3% em todas as operações do banco em favor da J&F. Mas a comissão não foi depositada quando 2,7 bilhões de reais foram liberados para que a holding comprasse a Alpargatas, dona da marca Havaianas.

“Se ele fosse me pagar o que me roubou, porque ele é um ladrão, seriam 81 milhões de reais. Ele roubou de mim, do deputado Eduardo Cunha, do [ex-ministro] Geddel Vieira Lima, só de Alpargatas, seriam 81 milhões de reais”, reclamou Funaro. O corretor disse que a planilha de pagamentos ilícitos apresentada por Joesley em sua delação é “completamente furada”. E se dispôs a apontar os supostos erros.

Funaro disse que consta como devedor no documento entregue à Procuradoria-Geral da República pelo dono da J&F, quando, segundo o corretor, ele teria a receber mais de 41 milhões de reais só em recursos lícitos. “Se for calcular o ilícito, daria mais de 120 milhões de reais, porque ele deu um tombo em mim, no Geddel e no Eduardo Cunha nessa operação da Alpargatas”, afirmou.

Funaro reclamou que Joesley corrigiu os valores no período em que já estava preso e até aplicou juros em recursos ilícitos. O advogado de Cunha, Délio Lins e Silva, disse que as declarações ajudam seu cliente, uma vez que Funaro desqualificou planilhas que servem de prova contra o ex-deputado. O corretor também criticou os valores apresentados pelo ex-vice presidente da Caixa Fábio Cleto, outro delator do caso.

Michel Temer

O presidente da República, Michel Temer, soltou nota nessa terça-feira negando a acusação, repetida por Lúcio Funaro, de ter recebido 2 milhões de reais de propina do Grupo Bertin em 2010. De acordo com a Secretaria de Comunicação Social do Planalto, o presidente “contesta de forma categórica qualquer envolvimento de seu nome em negócios escusos, ainda mais partindo de um delator que já mentiu outras vezes à Justiça”.

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https://www.osul.com.br/lucio-funaro-chama-joesley-batista-de-ladrao-por-nao-pagar-propina-acertada/ O doleiro Lúcio Funaro chamou o empresário Joesley Batista de “ladrão” por não pagar propina acertada 2017-10-31
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