A matéria com o título “Fantasmas da Ópera”, recentemente publicada no caderno “Ilustrada” da Folha de São Paulo, muito apropriadamente, aborda a não ocupação dos camarotes e outras acomodações destinadas às autoridades nos teatros dirigidos pelos setores de cultura das cidades do Rio de Janeiro e São Paulo. Conversei a respeito com Eva Sopher, comando do Theatro São Pedro, e entre os comentários, o reconhecimento que o atual governador, José Ivo Sartori, e o secretário de Estado da Cultura, Victor Hugo, costumam frequentar a casa, assim como seus assessores.
Agendas repletas de compromissos, ou simples desinteresse pelos espetáculos em apresentação são causas que afastam as autoridades de alguns programas culturais encenados nos teatros oficiais. O prefeito Fernando Haddad, de São Paulo, confirmou presença na estreia da ópera “Manon Lescaut”, de Giacomo Puccini, e não compareceu, igualmente não avisou. Eva Sopher comenta que ao longo do período que administra a casa, as atitudes do setor oficial variaram muito: alguns foram completamente ausentes, e igualmente omissos em avisar que não compareceriam, ou ainda, sem a preocupação de disponibilizar para terceiros as acomodações oficiais.
Enfatiza que atualmente o camarote destinado ao governador, assim como os demais, para outras autoridades, tem registrado ocupação. Em alguns teatros, em outras cidades, estas acomodações são disponibilizadas aos interessados pouco tempo antes do início do espetáculo, mediante preços acessíveis. Uma boa solução que aumenta o faturamento dos teatros.
Vista do interior do Theatro São Pedro. (Foto: Silvio Alves/divulgação)
Eva Sopher: referência positiva para a ocupação dos camarotes e outras localidades do teatro destinadas às autoridades. (Foto: Pedro H. Tesch/especial)