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Por Redação O Sul | 29 de fevereiro de 2016
Em petição protocolada no STF (Supremo Tribunal Federal), a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu pela primeira vez que as reformas feitas no sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), tinham por objetivo adequar o local ao uso da família e para acomodar objetos que ele ganhou durante seus dois mandatos.
Seus advogados, no entanto, reafirmam que a propriedade foi comprada por Fernando Bittar e Jonas Suassuna – sócios de um dos filhos de Lula. Segundo a defesa, as famílias Bittar e Lula são amigas há mais de 40 anos e o pai de Fernando, Jacó Bittar, gostaria de que as duas famílias pudessem conviver quando Lula deixasse a Presidência da República.
Os advogados de Lula também afirmam que ele tomou conhecimento de que a reforma teria sido oferecida pelo pecuarista José Carlos Bumlai por comentário feito por Fernando Bittar sobre a necessidade de algumas adaptações no local. Um ponto da petição é controverso. De acordo com os advogados, o ex-presidente só foi informado da compra do sítio no dia 13 de janeiro de 2011. No entanto, uma semana antes, os jornais já noticiavam que a mudança do presidente seguia para o sítio.
“À época em que foi adquirido por Fernando Bittar e Jonas Suassuna, o sítio tinha apenas dois quartos e instalações com alguma precariedade. Foram realizadas reformas com o objetivo de permitir que os proprietários e a família do Autor [Lula] pudessem conviver no local e, ainda, que fosse possível acomodar, como já dito, os objetos que o Autor [Lula] ganhou do povo brasileiro durante a Presidência da República”, diz um trecho da petição. (AG)