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Por Redação O Sul | 1 de fevereiro de 2016
O ex-presidente Lula divulgou nota em que contesta ser dono do triplex no edifício Solaris, na praia das Astúrias, no Guarujá (SP). No comunicado, porém, o petista admite que visitou o imóvel junto com o então presidente da construtora OAS, Léo Pinheiro, condenado na Operação Lava-Jato a 16 anos e quatro meses de prisão pelos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
O Instituto Lula diz que os adversários do ex-presidente e imprensa “tentam criar um escândalo a partir de invencionices”. Na nota, Lula nega que era dono do triplex e diz que quando a sua mulher, a ex-primeira-dama Marisa Letícia, se associou à Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo), em 2005, escolheu um apartamento comum do prédio e não o triplex.
No termo de adesão à Bancoop, divulgado pelo instituto, aparece que o casal ficaria com a unidade 141 do edifício, um apartamento de três dormitórios. Essa unidade seria padrão do prédio, com 82,5 metros quadrados, de acordo com o instituto (o documento não cita isso).
O instituto diz ainda que até setembro de 2009, a família Lula investiu 179.650,80 reais no apartamento, o equivalente a 286.479,32 reais em valores de hoje. Afirma também que quando a OAS assumiu o prédio, com a crise financeira da Bancoop, Marisa Letícia deixou de fazer pagamentos porque não recebeu mais boletos da Bancoop e não fez a adesão ao contrato com a nova incorporadora. Por isso, a família perdeu a reserva da unidade 141. (AG)