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Por Redação O Sul | 26 de outubro de 2015
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou em discurso na sexta-feira à noite, em Salvador (BA), que o Brasil vive “quase um estado de exceção”, referindo-se às denúncias e delações de políticos e empresários na Operação Lava-Jato.
Ao falar em evento organizado pelo PT na capital baiana, Lula disse que estão tentando “criar a ideia na cabeça da sociedade de que só tem culpado no PT”. “Estamos em um momento excepcional, em que o cidadão é preso e tem a promessa de ser solto se ele delatar alguém. Aí, ele passa a delatar até a mãe, para poder sair da cadeia. O dado concreto é que nós estamos vivendo quase um estado de exceção. (…) A gente não pode permitir que joguem nas nossas costas a pecha daquilo que nós não somos”, afirmou.
No sábado, o ex-presidente visitou uma feira do MST (Movimento dos Sem Terra) em São Paulo, onde reuniu-se com dirigentes do movimento, e criticou os rumos da Operação Lava-Jato e as acusações a familiares seus por delatores. “Ele falou que está muito irritado, porque são inverdades. Citam nomes de familiares dele sem provas, e ele tem que ficar defendendo”, declarou João Paulo Rodrigues, da coordenação nacional do MST. (AG)