Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 9 de abril de 2019
Lula chamou líderes do PT para visitá-lo e passar a seguinte mensagem: Gleisi Hoffmann é sua candidata à reeleição para a presidência do partido. O ex-presidente pediu que a oposição interna a ela baixe a bola. Além de pressionar para que a legenda evite expor as divisões internas em relação à escolha de seu futuro comando, em novembro, ele argumentou que Gleisi tem o perfil apropriado para o momento. Além disso, cumpriu um papel importante na eleição de 2018 e mereceria ser preservada.
O petista, por outro lado, pediu a Gleisi que ouvisse mais a direção da legenda e grupos não totalmente alinhados com ela. A deputada federal confirma o diálogo com Lula. “Ele quer que eu converse ainda mais com a galera”, afirma.
Pediu rigor
Gleisi Hoffmann cobrou rigor na apuração da ação do Exército que fuzilou com 80 tiros o carro de uma família no Rio de Janeiro neste domingo (07) matando o músico Evaldo dos Santos Rosa, de 51 anos, na frente da esposa e do filho. “A brutalidade não pode ser solução para segurança pública. O Rio esta dramático. Exército, assim como Moro, que até agora não apresentou nada para a a segurança, precisam se manifestar”, cobrou Gleisi nas redes sociais.
O delegado Leonardo Salgado, da Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro, disse que “tudo indica” que a ação foi cometida “por engano”, ao confundir o carro com o de assaltantes. Dez dos 12 militares presentes na ação foram presos por ordem do Exército. Segundo o Comando Militar do Leste, eles foram presos em flagrante por descumprimento das regras de engajamento. Foram constatadas inconsistências entre os fatos inicialmente reportados pelos militares envolvidos e as informações que chegaram posteriormente ao Exército.
Posse de Maduro
Em janeiro, o MBL (Movimento Brasil Livre) representou criminalmente na Procuradoria-Geral da República contra a presidente do PT, Gleisi Hoffmann. A alegação é que ela teria infringido o Artigo 8 da Lei de Segurança Nacional, que afirma que é crime “entrar em entendimento ou negociação com governo ou grupo estrangeiro, ou seus agentes, para provocar guerra ou atos de hostilidade contra o Brasil”. A informação é da colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo.
“A postura da Gleisi como presidente do PT e seu alinhamento com o Nicolás Maduro, bem como as críticas ao Grupo de Lima, ao qual o Brasil é signatário, acentuaram a hostilidade do ditador venezuelano ao governo brasileiro”, disse Rubinho Nunes, advogado e coordenador do MBL. Gleisi diz, via sua assessoria de imprensa, que “um dos problemas dos governos antidemocráticos é esse: qualquer fanático age como se fosse um ditador”.
Justificativa
A senadora Gleisi Hoffmann, presidente do PT, avisou por nota que participaria da posse de Nicolás Maduro. Ela argumentou que o faria para deixar claro que o PT não concorda com a “política intervencionista e golpista” incentivada pelos Estados Unidos, com a adesão do atual governo brasileiro e outros governos reacionários.