Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 28 de abril de 2017
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a dizer nesta sexta-feira, em entrevista à Rádio Guaíba, que vai disputar a Presidência da República em 2018 e que não há risco de a sua candidatura ser impugnada por causa de uma condenação em segunda instância na Lava-Jato, o que o enquadraria na Lei da Ficha Limpa. Segundo ele, para tirá-lo da eleição do próximo ano, “vão ter que rasgar a Constituição”.
“Para mim, não tem plano B. Para mim, é plano A. O segundo é plano A, o terceiro é plano A. Não tenho nenhuma preocupação de impedimento, porque para ser impedido é preciso ser condenado com base em provas concretas e objetivas. Até agora todas as testemunhas de acusação que levaram para me acusar me absolveram e me defenderam. Não cometi nenhum crime e estou disposto a provar isso onde quer que seja.”
O ex-presidente afirmou ainda que as pessoas que o acusam não tem “biografia política” e que os investigadores, ao fazerem busca e apreensão, esperavam encontrar joias em sua casa, mas “não acharam nada”.
Lula rebateu as acusações de que o seu irmão mais velho, Frei Chico, recebia uma mesada da Odebrecht. De acordo com o ex-presidente, seu irmão prestava consultoria na área sindical para a empreiteira. “Ele ganhava R$ 3 mil por mês. Alguém tratar isso como mesada é no mínimo cretinice.”
Lula ainda elogiou a greve geral desta sexta-feira. “É uma greve histórica que acontece. É uma greve causada pela irresponsabilidade e insensibilidade do governo”, disse o ex-presidente, em referência às reformas Trabalhista e da Previdência. (AG)