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Brasil Lutar contra corrupção é maior que a Seleção Brasileira, disse Tite

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Tite disse que o aspecto social é muito maior que o futebol. (Foto: Lucas Figueiredo/CBF)

A luta contra a impunidade e colocar corruptos na prisão é algo “muito maior que a seleção brasileira”. A declaração é do técnico da Seleção Brasileira, Tite, em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo.

1- Depois do sorteio, muitas seleções e treinadores disseram que o Brasil era o favorito da Copa. Por que é que você não se considera favorito ou se considera?

Considero sim. Um dos favoritos. É inquestionável e por alguns aspectos. Um deles é a história. A qualificação dos atletas individualmente, ela te remete a isso. O momento da seleção. Isso tudo a credencia para ser um dos favoritos. Tu colocas a Alemanha, a França, Portugal que ganhou o Euro. Daí para transpor isso para dentro de campo, é outra história.

2- O sr. falou em “consolidar” a seleção. O que significa?

Significa, nessa segunda etapa de preparação, enfrentar equipes parecidas com a característica da Suíça. O futebol sul-americano as vezes tem uma característica diferente. Essa é a segunda fase da preparação. Eles foram distribuídos a grosso modo de forma equilibrada. Porém, com algumas características próprias. A grosso modo de novo e teoricamente, Portugal e Espanha são os francos favoritos e as outras equipes não tem o poderia técnico. Acredito que seja o Marrocos. Diferentemente do grupo do Brasil. Não tem uma equipe que você possa dizer: tem um nível técnico. São todas equipes qualificadas. Inclusive, no ranking e pontuação da Fifa, o grupo mais forte tem Brasil e Suíça. Mais do que Espanha e Portugal.

3- Fica muito claro no grupo do Brasil que são seleções que se defendem muito bem. No jogo contra a Inglaterra, a seleção teve um pouco de dificuldade para superar isso. Como fazer para se preparar para isso? Suíça e Sérvia tomam poucos gols.

São desafios. É uma nova etapa. Começamos a trazer outras escolas. Pegamos o Japão, uma escola asiática, pegamos a Inglaterra, uma europeia, vamos pegar a Rússia para ter uma proximidade maior. Agora vamos pegar equipes que tenham essas características que Suíça tem, que a Costa Rica tem, enfim, para que possamos nos preparar para uma segunda etapa. O jogo da Inglaterra nos permitiu ver que temos de fazer uma variação maior. Nós temos que ter outras opções e isso vai ser necessário. Mas ela trouxe também um componente muito forte. O técnico da Inglaterra disse: nós não conseguimos agredir o Brasil. Não conseguimos encontrar o Brasil exposto. Nós criamos muito mais contra a Alemanha, ele falando, fiquei muito mais contente contra a Alemanha porque o Brasil conseguiu nos neutralizar e retomar a posse de bola. Então esse processo de não dar oportunidade foi bem marcante e, em termos ofensivos, criar variantes.

4- Isso significa que a lista de convocados não está fechada?

Ela não está fechada porque o Brasil, como um continente te permite surgir um Gabriel Jesus de repente.

5- Isso foi uma questão na Copa de 2014. Isso pode se repetir? Como preparar essa ansiedade, depois do que ocorreu em 2014?

Faz parte do que aconteceu em 2014, assim como ocorreu em 2002, falando especificamente da Alemanha. Agente traz esse marco. Ele é um fato real. Temos que administrar isso, jogar. Historicamente, tudo o que acontece faz parte. Agora o que tem é uma nova etapa. Talvez até uma etapa de maturidade dos atletas que se prepararam para essa Copa de estarem muito mais habituados a essas pressões e expectativas altas que quando você coloca a camisa da seleção brasileira te traz. Da mesma forma que você é um postulante ao título, ela pode te oprimir. Se eu for cobrar resultados deles de jogo, claro que eu quero vencer, mas é muito raso. O que eu tenho de cobrar é desempenho. O Marcelo da seleção tem que ser o Marcelo do Real Madrid. O Alison tem que jogar como o Alison da Roma. Trazer essa performance dos seus clubes. O Douglas tem que ser o Douglas da Juventus. O Paulinho do Barcelona.

6- E o Neymar?

O Neymar da seleção, o Neymar do PSG, porque ele trouxe uma movimentação que seleção ele já fazia. As vezes jogar um pouquinho mais aberto, um contra um, as vezes numa zona mais criativa, dependendo da circunstância.

7- A Copa acontece um ano de eleições no Brasil. Como blindar das pressões ou da movimentação política no País?

Todo o aspecto social, de igualdade, de educação, de chega de impunidade, de prisão para corrupto, ele é muito maior que a seleção brasileira. Ele é muito maior que o futebol. Ele é histórico, de um país melhor, de um país mais educado. O futebol é da paixão. Tomara que o futebol da seleção seja de vencer sendo o melhor. Que ele passe uma mensagem ao público que nós queremos ser mais competentes. Não queremos ser mais malandro do que ninguém. Não queremos tirar vantagem, não queremos simular coisa. Inclusivo por existir a tecnologia. Não queremos. Queremos ser mais competentes. Ter o melhor drible, finalizar melhor e quer ser melhor. E se esse for o papel do futebol, junto com a alegria, que o faça. Mas os aspectos sociais, de educação, de punição a corrupto, eles transcendem e estão em uma dimensão maior.

 

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https://www.osul.com.br/lutar-contra-corrupcao-e-maior-que-selecao-brasileira-disse-tite/ Lutar contra corrupção é maior que a Seleção Brasileira, disse Tite 2017-12-02
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