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Mundo A má fama atribuída aos taxistas de Roma levou o departamento de turismo da cidade a criar aulas de comportamento para que os taxistas lidem melhor com os estrangeiros

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Roma é visitada por cerca de 14 milhões de turistas por ano. (Foto: Reprodução)

Para a maioria daqueles que visitam Roma, a cidade é muito elogiada por seus monumentos, comida, clima temperado e estilo de vida relaxado: a dolce vita. Mas os taxistas romanos costumam ser reprovados nas avaliações.

As redes sociais estão repletas de casos de pessoas que foram enganadas, frequentemente envolvendo passeios não solicitados pelos marcos históricos de Roma ou taxímetros apressados na medição das corridas. Não é uma publicidade muito positiva para a capital italiana, especialmente considerando que os motoristas de táxi são, com frequência, as primeiras pessoas locais que os turistas conhecem.

É por isso que, numa manhã recente, dezenas de taxistas estavam reunidos num quarto de hotel participando de um curso de “cortesia, hospitalidade, linguagem e excelência”.

O curso de seis semanas tem como objetivo melhorar o comportamento dos taxistas diante dos estrangeiros, ensinando-lhes até a oferecer informações básicas numa série de idiomas.

“Talvez exigir deles que conheçam detalhes da história da arte seja um exagero”, disse Maria Cristina Selloni, diretora do departamento municipal de turismo, que desenvolveu o currículo. “Mas algumas anedotas seriam bem-vindas, bem como conselhos a respeito dos espetáculos e exposições que podem interessar aos visitantes. E também uma dose de conversação”. O curso também explora diferenças culturais e questões elementares de cortesia.

Maria Cristina explicou que a demanda por treinamento em hospitalidade se tornou urgente nos últimos anos, com um aumento significativo no número de turistas vindos da China e do Oriente Médio. Assim, o curso oferece uma visão geral dos costumes de diferentes países, incluindo a quantidade de espaço pessoal considerada normal em diferentes culturas, comunicação não verbal e gestos potencialmente ofensivos.

“Alguém precisa ensinar ao pobre taxista que ele não pode ser o primeiro a oferecer a mão a uma mulher árabe nem deve tocar a bagagem de um chinês a não ser que ele o peça”, disse Maria Cristina.

Cerca de metade do curso é voltada para idiomas, principalmente o inglês (expressões como “tenha um bom dia” ou “congestionamento”), mas também o árabe e o mandarim. “Como se diz 48 em chinês?”, indagou um taxista (este é o valor de uma corrida do centro de Roma até o aeroporto). As lições também abordaram a geografia chinesa, a história do país e as gafes mais comuns: evite contato físico e não fale a respeito de política, preferindo temas como alimentação e esportes.

Roma é visitada por cerca de 14 milhões de turistas por ano, e as opiniões manifestadas por eles na internet afetam o turismo, como destacou Guendalina Iafrate, professora do curso. “Ninguém volta a um lugar onde as pessoas são maltratadas, e nem se recomenda aos outros que visitem um lugar assim”, disse ela.

O motorista Umberto Nucci disse estar feliz por participar do curso.”Em nosso trabalho, o inglês é fundamental: é uma língua que nos permite falar com todos, nem que sejam algumas poucas palavras, como ‘Do you like Roma?’”, contou Nucci. “É algo que deixa as pessoas à vontade”.

Ainda segundo ele, “é importante fazer as pessoas entenderem que nem todos os taxistas são malandros”.

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