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Geral A maconha alivia a ansiedade, mas pode piorar a depressão

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A força da opinião pública pode estar levando congressistas a rever suas posições sobre a droga. (Foto: Freepik)

Fumar um baseado reduz a ansiedade e o estresse, mas, no longo prazo, pode contribuir para a piora da depressão, alertam cientistas da Universidade Estadual de Washington. Trata-se do primeiro estudo científico a avaliar o impacto do uso do cigarro de maconha medicinal, com diferentes níveis de tetrahidrocanabinol (THC) e canabidiol (CBD), fora dos laboratórios.

Carrie Cuttler, professora de psicologia e principal autora do artigo publicado neste mês no “Journal of Affective Disorders”, explica sua peculiaridade:

“As pesquisas existentes sobre os efeitos da cannabis na depressão, na ansiedade e no estresse são muito raras e foram feitas quase exclusivamente com pílulas orais de THC administradas em laboratórios. O que é único no nosso estudo é que analisamos a cannabis inalada por pacientes que usam maconha medicinal no conforto de suas casas”, diz ela.

Foram avaliados os impactos da maconha sobre 561 pessoas com depressão, 770 com ansiedade e 726 com estresse. Eles foram convidados a responder um questionário antes de fumar e outro 20 minutos depois. Os dados foram coletados pelo aplicativo Strainprint, de uma empresa que fornece maconha medicinal para pacientes. Ele busca medir como diferentes doses de variados tipos de cannabis afetam diversos sintomas. Ali, os usuários dão uma nota de um a dez aos resultados que experimentam antes e depois do consumo, informando o número de tragadas.

Ao todo, foram avaliados quase 12 mil eventos de uso da droga. Os pesquisadores perceberam que o alívio dos sintomas aconteceu para ambos os sexos, mas que mulheres relataram redução maior na ansiedade após o fumo.

Os acadêmicos alertam para as evidências de que, apesar de os medicamentos antidepressivos serem eficientes no curto prazo, o uso prolongado contribui para o aprofundamento da depressão. O estudo não avalia o impacto da maconha no longo prazo, mas afirma que “a cannabis pode mascarar temporariamente os sintomas, mas não efetivamente promover a melhora no longo prazo”.

Os resultados encontrados mudam de acordo com a composição química da cannabis. Variações com altos níveis de CBD e baixo THC levaram a uma melhor redução dos sintomas da depressão. Dois tragos de qualquer tipo de maconha foram suficientes para reduzir os sintomas de ansiedade e, para o estresse, o ideal são dez tragadas de cannabis com alto CBD e THC baixo.

“Muitos usuários parecem seguir a ideia falsa de que quanto mais THC, melhor”, disse Cuttler. “Nosso estudo mostra que o CBD é um ingrediente muito importante da cannabis e pode potencializar alguns dos efeitos positivos do THC.”

Ela afirma que seu objetivo é trazer o debate sobre os efeitos da maconha para o campo científico:

“Hoje, usuários de maconha médica ou recreativa confiam nos conselhos de colegas, baseados em anedotas”, afirma.

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