Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 31 de outubro de 2017
A descriminalização da maconha no Estado de Nova York e o surgimento de cachimbos vaporizadores, que praticamente não deixam cheiro no ar, vêm disparando o consumo da erva no ambiente de trabalho. De acordo com o Grupo Blanc – um dos defensores da indústria da cannabis –, já são mais de 6.000 fornecedores de cachimbos inodoros nos cinco distritos da cidade de Nova York, a maior dos Estados Unidos.
“Eu tenho um trabalho de alta pressão”, contou Amy, dona de uma startup com mais de dez funcionários. Quando o expediente está mais agitado do que o normal, a empreendedora de 40 anos corre para um beco em frente a seu escritório e tira da bolsa seu vaporizador. Ela passa 20 minutos tragando e fazendo ligações para o contador, advogado e até para o pai.
Amy faz parte de uma legião crescente de nova-iorquinos que fumam no trabalho. “Eu não tenho vergonha”, disse ela. “Não acho que [fumar durante o expediente] deva ser um estigma. Se eu não dissesse, ninguém saberia”, disse ao New York Post.
Bethany Gomez, do grupo Brightfield, uma empresa de pesquisa de mercado, estima em 30 milhões o número de usuários adultos de cannabis nos Estados Unidos. Desses, 10 milhões preferem cachimbos que inibem o cheiro. “Embora não tenhamos estatísticas sobre o número de pessoas que usam vaporizadores no trabalho, é lógico que existem milhões [fazendo isso] regularmente”, diz o consultor.
Esses cachimbos são alimentados por uma bateria recarregável e usam um dispositivo interno que aquece a maconha triturada de modo que os óleos essenciais com o princípio ativo sejam liberados em forma de vapor. De acordo com Bethany, o vaporizador também elimina a letargia, reduz a fome exagerada [a famosa larica] e os olhos não ficam vermelhos.