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Por Redação O Sul | 17 de fevereiro de 2019
A mãe do piloto do helicóptero que morreu no acidente com Ricardo Boechat faleceu três dias após o filho. Philomena Augusto da Silva, de 80 anos, sofria de câncer e estava no hospital. Como já estava em estado terminal, ela não chegou a saber da morte do filho, Ronaldo Quattrucci, de 56 anos.
A filha de Ronaldo, Amanda Martinez, postou uma homenagem para a avó e o pai. “Agora vocês estão juntos olhando por nós aí de cima! Vocês eram inseparáveis e tinham um amor incondicional um pelo outro! Quando meu pai estava sofrendo com sua doença terminal, a vida nos surpreende e Deus o levou três dias antes dela”, disse Amanda.
O outro filho de Philomena, Rogério Quattrucci, também faleceu em um acidente de helicóptero em 1998. “Oro por vocês e sei que irão guiar e cuidar de nós que ficamos, junto com o tio Rogério. Amo muito vocês e vou amar por toda eternidade”, escreveu a jovem. Philomena deixa uma filha.
O corpo da mãe do piloto também foi velado no Cemitério São Paulo, em Pinheiros na quinta-feira. A missa de sétimo dia de Ronaldo e Philomena acontecerá nesta segunda-feira (18), às 19h30min, na Igreja Cristo Rei, no Tatuapé.
O jornalista, apresentador e radialista Ricardo Eugênio Boechat morreu aos 66 anos, em São Paulo. Ele estava em um helicóptero que caiu na Rodovia Anhanguera e bateu na parte dianteira de um caminhão que transitava pela via.
Investigação
A Fundação Procon de São Paulo notificou a empresa RQ Helicópteros para prestar esclarecimentos sobre a aeronave que caiu e matou o jornalista Boechat e Quattrucci.
A queda aconteceu na última segunda-feira, 11, e é alvo de inquérito da Polícia Civil e do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). Preliminarmente, especialistas apontam que o piloto tentou um pouso de emergência na Rodovia Anhanguera, antes de colidir com um caminhão.
Vinculado à Secretaria da Justiça e Cidadania, o Procon-SP solicitou que a RQ Helicópteros informe se tem autorização legal para prestar serviços de transporte aéreo de passageiros. “Em caso positivo, deverá comprovar se a autorização está em vigor; encaminhar todos os anúncios publicitários veiculados sobre a oferta desse serviço; e encaminhar todos os relatórios de voo de transporte de passageiro dos últimos três meses”, diz a nota.
O Procon-SP também quer saber se a empresa possui relatório de inspeção anual de manutenção da aeronave. Segundo o comunicado, a RQ Helicópteros tem 72 horas para responder.