Sexta-feira, 29 de março de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Mundo Mais países árabes preparam recados para Bolsonaro desistir de transferir a embaixada do Brasil de Tel Aviv para Jerusalém

Compartilhe esta notícia:

Bolsonaro já sinalizou que pode mudar de ideia. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

O Itamaraty recebeu sinalizações de que outros países árabes se somarão nos próximos dias ao Egito numa ação conjunta para dissuadir o Brasil — e Jair Bolsonaro em especial — de transferir a embaixada brasileira em Israel para Jerusalém.

Perdas

A possibilidade de o próximo governo reconhecer Jerusalém como a capital do Estado de Israel, conforme declarou o presidente eleito Jair Bolsonaro, pode gerar problemas com os países árabes não apenas na parte comercial — a região é a principal compradora de produtos de origem animal do Brasil, como carnes bovina e de frango —, mas também em áreas como aviação militar e investimentos. O alerta é da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira.

“Outras retaliações podem surgir no decorrer disso, criando embargos às vendas de outros setores da indústria nacional, a exemplo da aviação militar, dado que os países da região do Golfo Árabe são clientes potenciais para a aquisição desse tipo de equipamento”, diz um trecho de um levantamento.

Do lado dos investimentos, a imagem do Brasil como um bom ambiente para negócios “pode ficar arranhada”. Isso afastaria os fundos soberanos da região, cujos recursos podem ser usados, principalmente, em infraestrutura e logística no País.

No levantamento, elaborado com base em dados do Sistema Integrado de Comércio Exterior Brasileiro (Siscomex), a entidade destaca que os países árabes são o 5º principal destino de produtos brasileiros. Compraram cerca de US$ 10 bilhões de janeiro a setembro deste ano. O Brasil tem déficit na balança comercial com apenas quatro, dos 22 países árabes: Argélia, Marrocos, Arábia Saudita e Catar.

Segundo resoluções aprovadas pela ONU, o status de Jerusalém deve ser determinado em negociações com os palestinos. Assim, as Nações Unidas não apoiam a reivindicação de Israel de que a cidade seja sua capital “única e indivisível”.

Conforme o jornal O Globo, uma fonte graduada do governo brasileiro revelou que diplomatas que se encontram em embaixadas localizadas nos países árabes estão preocupadas com a segurança. Existe certo temor de que o Brasil seja alvo de grupos radicais contrários à posição de Bolsonaro de mudar a embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém. Se ele cumprir o que disse, o Brasil se juntará aos Estados Unidos e à Guatemala como os únicos países que tomaram essa posição.

Mudança pode não ocorrer

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, afirmou na terça-feira (6) que a mudança da Embaixada do Brasil em Tel Aviv para Jerusalém não está decidida ainda.

A declaração foi feita após o cancelamento de um compromisso diplomático com o Brasil pelo Egito, em aparente retaliação ao plano, que alimentou temores de boicote comercial.

“Pelo que eu vi, é questão de agenda [do governo egípcio]. Acho que seria prematuro um país anunciar uma retaliação sobre uma coisa que não está decidida ainda”, disse Bolsonaro após visita à Marinha, em Brasília, ao ser indagado sobre o cancelamento e possíveis retaliações ao Brasil.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Mundo

O futuro ministro da Justiça, o juiz Sérgio Moro, é a favor de reduzir a idade penal para que os mais jovens possam responder por seus crimes
Nos Estados Unidos, democratas tiram republicanos do comando de 7 governos de Estado
https://www.osul.com.br/mais-paises-arabes-preparam-recados-para-bolsonaro-desistir-de-transferir-a-embaixada-do-brasil-de-tel-aviv-para-jerusalem/ Mais países árabes preparam recados para Bolsonaro desistir de transferir a embaixada do Brasil de Tel Aviv para Jerusalém 2018-11-07
Deixe seu comentário
Pode te interessar