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Mundo Mais quatro executivos da Nike deixaram a empresa em meio à investigação sobre assédio moral

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Vários executivos sênior já deixaram a empresa pelo mesmo motivo. (Foto: Reprodução)

A Nike informou, nesta terça-feira (8), que quatro executivos sênior estavam deixando a empresa, à medida que a companhia continua uma ampla investigação sobre assédio no local de trabalho.

Vários executivos sênior já deixaram a Nike, incluindo o presidente da marca, Trevor Edwards, desde que a investigação foi lançada em março. Segundo a agência de notícias Bloomberg, no grupo que deixou a companhia nesta terça, está uma mulher. Ao ser procurada pela agência de notícias Reuters para confirmar os nomes dos executivos e as razões para a saída, a Nike não quis comentar a informação.

A empresa também se recusou a dar detalhes do por que eles deixaram a companhia. Eles são as mais recentes demissões em uma série de saídas de executivos desde março, quando a Nike começou a analisar reclamações sobre o comportamento dos gerentes.

Entre aqueles que saíram da empresa estão vários vice-presidentes e Trevor Edwards, que, como presidente da marca da Nike, era o cotado para suceder Mark Parker como diretor executivo.

Assédio moral

Em abril, o CEO da Nike no Brasil, o mexicano Alfonso Bueno, determinou a distribuição de um comunicado a cada um dos funcionários da empresa no País. A carta, assinada por “Poncho Bueno”, como o presidente é chamado pelos colegas de trabalho, reafirmava a postura de intolerância da companhia em relação a qualquer desvio de conduta que envolvesse corrupção, racismo, homofobia ou sexismo. A decisão foi tomada uma semana após a empresa – personagem recorrente em escândalos de corrupção no esporte, inclusive já envolvendo a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e a Seleção Brasileira, em 2015 – ser acusada de humilhar funcionárias nos Estados Unidos.

Executivos de alto escalão teriam ofendido subordinadas e se referido a estrangeiras de maneira desrespeitosa no ambiente de trabalho. O assédio moral despertou a fúria de movimentos feministas, que defendem boicote à marca, e também resultou no pedido de demissão do diretor de diversidade e inclusão social, Antoine Andrews. “É inadmissível que uma grife que tem 46% de suas vendas voltadas às mulheres, que investe milhões de dólares em campanhas para divulgar seus produtos femininos e que levanta a bandeira da diversidade pratique esse tipo de crime dentro de suas unidades”, disse a americana Erin Collen, representante de grupos feministas nos EUA, como o Off The Sidelines (Fora das Linhas Laterais), e consultora de empresas sobre o tema.

A crise da Nike ganhou proporções ainda maiores diante da demora da companhia em reconhecer o tropeço e corrigir o passo. O CEO global, Mark Parker, sequer veio a publico se manifestar sobre o episódio. Em encontro com analistas, em março, reconheceu a existência de problemas e afirmou que a Nike tem se preocupado com essas questões. “Tomamos conhecimento de algumas questões comportamentais inconsistentes com os valores de inclusão, respeito e empoderamento da Nike”, disse o executivo, sem se referir a algum caso específico. “Estou comprometido em garantir que tenhamos um ambiente onde todos os funcionários da Nike tenham uma experiência positiva para atingirem todo o seu potencial.” Já o presidente da Nike no Brasil, Alfonso Bueno, por meio da assessoria de imprensa, preferiu não comentar “por se tratar de uma questão que envolve a Nike lá fora”.

 

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