Sábado, 20 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 9 de abril de 2017
A atriz Maitê Proença fez uma reflexão em seu perfil no Facebook que está diferindo da maioria sobre o caso de assédio sexual cometido por José Mayer contra a figurinista Su Tonami.
Maitê começa dizendo que as atitudes de Mayer são inadmissíveis, mas considerar fatores culturais como o “permissivo” ambiente artístico e finalmente diz que “Tem que haver um grau de tolerância, ou a vida fica rígida e chata.”
“É inadmissível e nada justifica. Tampouco se deve usar da posição para encurralar quem tem menos poder, notoriedade, estabilidade profissional, e tudo o que envolve um ator-galã de sucesso. Mas justamente, talvez o Zé tenha se movido, não por um condicionamento de sua “geração machista”, como disse – porque outros de sua geração não agem desta forma – mas sim por sentir que esteja perdendo o apelo do galã desejado por todas, jovens e maduras. Talvez esteja internamente enraivecido com essa traição do Tempo, de que nem os galãs se safam. Foi descontar na juventude da menina e fez feio.”
Maitê chamada a atenção para o que chama de histeria midiática: “Agora, como tudo nessa era da histeria midiática, há exageros. Temos que situar os fatos. Nós não estamos nos EU, aquele país construído por Pilgrims e Quakers puritanos. Aqui a construção da moral foi outra. A moça passa na obra, os rapazes gritam gostosa, ela ri e rebola ainda mais. Tira de letra!”
“Além disso, o meio artístico é mais permissivo que outros. Quem entra ali tem que ser casca grossa. Ali a moça escuta e dá o troco com graça ou com tapa, mas se vira. Tem que haver um grau de tolerância, ou a vida fica rígida e chata.”