Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 3 de junho de 2017
O governo da Malásia criou um concurso de vídeos sobre “práticas de vida saudável” que oferece até 1 mil dólares para quem explicar como “evitar” a homossexualidade, de acordo com o site do ministério da Saúde do País. As informações foram divulgadas pela agência de notícias AFP.
“Os vídeos têm que prevenir a homossexualidade, controlá-la e obter ajuda”, além de explicar “seus problemas e consequências”, afirma o site. Os ativistas que defendem os direitos dos homossexuais condenaram de maneira imediata a iniciativa, vendo nela o perigo de uma atitude cada vez mais hostil, num país maioritariamente muçulmano, mas durante muito tempo conhecido pela sua moderação e tolerância.
Os ativistas afirmam que a intolerância para com as pessoas LGBT tem aumentado nos últimos anos na Malásia, um país multiétnico – de maioria muçulmana – no Sudeste asiático.
“Fiquei chocada. Isto é encorajar a discriminação, o ódio e até a violência para com as minorias”, disse Nisha Ayub, ativista transgênero malaia que pertence à Seed Foundation, uma associação de solidariedade que trabalha com pessoas transgênero.
O ministério descreveu a distúrbio de identidade de género, também conhecido como disforia de gênero, citando exemplos de pessoas que são lésbicas, gay e transsexuais.
A homossexualidade está oficialmente proibida na Malásia e pode ser punida com penas de prisão, castigos corporais ou multas.