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Política Manifestações contra e a favor de Lula no dia em que o ex-presidente completou um ano na prisão

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Imagem mostra manifestação em apoio a Lula, em Curitiba. (Foto: Ricardo Stuckert)

Atos em São Paulo neste domingo (7), na avenida Paulista, tiveram xingamentos e agressões físicas entre manifestantes de esquerda e de direita. Em um carro de som em frente ao Masp, representantes de movimentos de direita comemoraram a prisão do ex-presidente Lula, que completa neste domingo um ano, e defendiam o presidente o presidente Jair Bolsonaro e o ministro Sérgio Moro, ex-juiz da Operação Lava-Jato, que condenou o petista. As informações são do jornal Folha de S.Paulo e da Agência Brasil.

Na praça do Ciclista, na esquina da avenida Paulista com a Consolação, manifestantes favoráveis a Lula se concentravam para o ato da campanha Lula Livre, que mais cedo organizou eventos em Curitiba, onde o petista está preso desde 7 de abril de 2018.

Lula foi condenado em segunda instância, em janeiro de 2018, a 12 anos e um mês de reclusão por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex de Guarujá (SP). Em fevereiro deste ano, o petista foi condenado novamente, agora no caso do sítio de Atibaia (SP), a 12 anos e 11 meses.

Pouco antes das 15h, cerca de dez pessoas se aproximaram do carro de som e começaram a gritar frases contra Bolsonaro. A eles se somaram pessoas que aguardavam na fila para entrar no museu. Representantes dos dois lados começaram a trocar xingamentos e empurrões. Líderes da manifestação de direita pediram calma a seus integrantes e chamaram a Polícia Militar.

Um casal que passava no momento pelo local foi agredido por manifestantes de direita. O homem foi jogado no chão e teve sua mochila rasgada; a mulher foi empurrada e recebeu uma gravata de um manifestante.

Os policiais então separaram os grupos, tiraram a mulher dos braços do manifestante e levaram o casal agredido para o outro lado da rua. No carro de som, os organizadores gritaram “viva a PM”.

Prosseguindo a manifestação, os grupos de direita fizeram críticas ao STF (Supremo Tribunal Federal), em especial ao ministro Gilmar Mendes. Também saudaram a memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, um dos símbolos da repressão durante a ditadura militar (1964-1985).

No carro de som, um manifestante afirmou que em 1964 os militares deram um contragolpe, impedindo que os comunistas tomassem o poder.

Na praça do Ciclista, o slogan Lula Livre estava espalhado em bandeiras, faixas e cartazes na praça do Ciclista. Foi também repetido incessantemente pelos que acompanhavam o protesto.

Guilherme Boulos, líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e candidato a presidente pelo PSOL no ano passado, foi a principal liderança política a comparecer. Ele chamou de farsa judicial a sentença de Moro que condenou Lula.

Se a nomeação de Moro como ministro de Bolsonaro, o principal beneficiado da prisão de Lula, não é prova de uma farsa judicial, não sei mais o que é.”

Curitiba

Em Curitiba, Fernando Haddad (PT) disse que a prisão de Lula é resultado de uma manobra conduzida pela “elite” brasileira. “Essa elite conseguiu, com tudo que fez desde 2013, colocar um dos piores brasileiros na Presidência da República e o melhor [brasileiro] aqui na Polícia Federal”, disse.

Os manifestantes favoráveis a Lula não pouparam críticas ao presidente Jair Bolsonaro. Alguns entoaram cânticos contrários a ele. “Doutor, eu não me engano, o Bolsonaro é miliciano”, gritaram. Os organizadores da manifestação estimaram o público em 10 mil pessoas. A Polícia Militar, no entanto, calculou o número de pessoas no local em 3.500 no pico.

Curitiba também foi palco de manifestações favoráveis à prisão de Lula. Cerca de 3.000 pessoas, segundo os organizadores, participaram de um ato de celebração da prisão do ex-presidente na Boca Maldita, tradicional ponto de protestos no Centro do Curitiba. A PM acompanhou o ato, realizado durante a tarde, mas não divulgou estimativa de público.

A manifestação foi convocada pelo MBL (Movimento Brasil Livre) e pelo Curitiba Contra Corrupção. Vestidos de verde e amarelo e portando bandeiras do Brasil, os presentes comemoraram a prisão do ex-presidente comendo um bolo e cantando “Parabéns a Você”.

Rio de Janeiro

Manifestações marcaram o domingo no Rio de Janeiro. Reunido na orla de Copacabana, o movimento Vem pra Rua pediu manutenção das prisões em segunda instância e defendeu a Operação Lava Jato.

Mais tarde, também em Copacabana, um ato pediu a libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

No ato do Vem pra Rua, a maioria dos manifestantes vestia verde e amarelo e carregava bandeiras do Brasil. Uma imensa faixa com os dizeres “Lava-Jato” foi estendida na pista da Avenida Atlântica, onde ocorreu o protesto.

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