Brasil Manifestantes atacam comitiva de senadores brasileiros em Caracas
Por Redação O Sul | 19 de junho de 2015
Diante da dificuldade de sair do Aeroporto de Caracas, na Venezuela, para visitar presos políticos, a comissão de senadores que viajou ao país na quinta-feira (18) decidiu retornar ao Brasil sem cumprir a agenda planejada. Os senadores brasileiros foram cercados por manifestantes. O grupo foi à Venezuela para tentar pressionar o governo do presidente Nicolás Maduro a libertar presos políticos e a marcar eleições parlamentares.
Viajaram ao país vizinho o presidente da Comissão de Relações Internacionais, Aloysio Nunes (PSDB-SP), além dos senadores Aécio Neves (PSDB-MG), Cassio Cunha Lima (PSDB-PB), José Agripino (DEM-RN), Ronaldo Caiado (DEM-GO), Ricardo Ferraço (PMDB-ES), José Medeiros (PPS-MT) e Sérgio Petecão (PSD-AC).
De acordo com a assessoria de imprensa de Aécio, os parlamentares tentaram ir a uma penitenciária, mas o trânsito estava muito ruim devido a vias que estavam bloqueadas. Às 19h do horário brasileiro, os senadores já estavam dentro do avião para retornar ao Brasil. O avião decolou às 19h30min.
Nunes publicou em sua conta no microblog Twitter que a comitiva decidiu retornar ao Brasil, diante da impossibilidade de cumprir a agenda programada.
O grupo ainda não decidiu se retornará em outra oportunidade à Venezuela. Os senadores optaram por aguardar a posição formal do governo brasileiro para tomar a decisão sobre um retorno.
Cercados
Nunes informou que a comitiva ficou “tentando sair das cercanias do aeroporto”. “Ficamos por quase meia hora tentando sair das cercanias do aeroporto, mas fomos impedidos. Ouvimos duas justificativas esfarrapadas. A primeira foi a de que o impedimento se deu por causa do transporte de um prisioneiro vindo da Colômbia. A segunda foi um acidente. Por essa razão, decidimos voltar ao aeroporto e esperar que se resolva esse imbróglio”, postou.
Em sua conta no Twitter, Aécio disse que os parlamentares foram “sitiados em via pública” e que a van em que eles estavam foi atacada por manifestantes. “Várias dezenas de manifestantes violentos bateram nos vidros e na lataria do veículo sem que houvesse segurança que pudesse minimamente dar tranquilidade”, relatou. “Acabo de falar com o presidente do Senado [Renan Calheiros]. Ele fará um protesto formal sobre as agressões que sofremos e cobrará uma posição da presidenta”, publicou o tucano em seguida.
Também por meio de sua conta no Twiter, Caiado disse que o grupo não conseguiu sair do aeroporto. “Não conseguimos sair do aeroporto. Sitiaram o nosso ônibus, bateram, tentaram quebrá-lo. Estou tentando contato com o presidente Renan”, postou o senador. Em seguida, Caiado se queixou. “O embaixador do Brasil na Venezuela nos recebeu no aeroporto e foi embora.”
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