Sexta-feira, 29 de março de 2024
Por Redação O Sul | 1 de dezembro de 2018
Pelo menos cem manifestantes percorreram a principal avenida de Montevidéu, no Uruguai, em protesto contra a Cúpula dos Líderes do G20 (que reúne as maiores economias mundiais), realizada em Buenos Aires, na Argentina, e vandalizaram edifícios e provocaram distúrbios na cidade. As informações são da agência de notícias Efe.
Os integrantes da mobilização, convocada pela Coordenadora Anti-G20 Uruguai com o apoio de diversas organizações sociais do país, marcharam na sexta-feira (30) pelo centro da capital em rejeição da presença de “líderes de potências belicistas” na América Latina.
Os manifestantes lançaram bombas de tinta e picharam mensagens contra o G20 e símbolos anarquistas em diversos locais da principal avenida da capital uruguaia assim como na embaixada da França no Uruguai e no Auditório Nacional del Sodre, sede do Balé Nacional.
Alguns manifestantes usando capuz e com os rostos cobertos agrediram jornalistas e cinegrafistas, lançando pedras e jogando tintas contra as câmeras, até que finalmente a marcha se dispersou após a chegada de agentes da Polícia Nacional e da Guarda Republicana.
Antes dos distúrbios, uma das porta-vozes do protesto leu um manifesto no qual descrevia os motivos da convocação. Um porta-voz do grupo, que não se identificou, afirmou que a mobilização é contra as políticas que impulsionam beneficiam os países mais poderosos, empresas e organismos internacionais. Segundo o mesmo porta-voz, as propostas debatidas no âmbito do G20 não beneficiam a população.
No último dia 15 de novembro, o parlamento do Uruguai aprovou uma lei que permitiu o ingresso de tropas americanas ao país por ocasião da cúpula do G20 que terminou neste sábado (1º). O Uruguai permitiu assim a entrada de oito aeronaves da Força Aérea dos EUA com 400 pessoas, entre civis e militares.