Mundo Será que os Estados Unidos correm o risco de ter um presidente estuprador?
Por Redação O Sul | 23 de julho de 2016
Mais uma vez, os eleitores norte-americanos precisam enfrentar uma nova polêmica envolvendo Donald Trump. A mulher que acusa o bilionário de assédio sexual causou polêmica ao revelar detalhes sobre sua experiência com o magnata, que teve sua candidatura à presidência dos Estados Unidos oficializada pelo partido Republicano.
Após mais de 20 anos de silêncio, a maquiadora Jill Harth afirmou ao jornal The Guardian que ele tentou estuprá-la em 1997. Jill afirma ter sido perseguida por Trump e, segundo o processo judicial que ela abriu contra o magnata, ele a encurralou e passou as mãos em seu corpo. Apesar dos pedidos de entrevista, que vieram rapidamente após as acusações terem vindo à tona, a maquiadora diz que preferiu manter silêncio sobre o assunto.
No entanto, ela mudou de ideia quando o republicano afirmou publicamente em maio que as suas declarações não tinham mérito. A filha do bilionário, Ivanka Trump, disse em uma entrevista que seu pai não era um agressor sexual. Agora, Jill afirma que quer um pedido de desculpas por ter sido chamada de mentirosa e pelos danos que a história causou à sua vida profissional.
Antigas acusações.
Ela contou que conheceu Trump em dezembro de 1992 para uma reunião de negócios junto com seu então namorado, George Houraney. Mas, a partir de então, o magnata teria começado a demonstrar interesse por Jill, com uma série de insinuações sexuais indesejadas por ela, segundo suas queixas à Justiça. Durante uma festa de negócios na mansão de Trump na Flórida, em 1993, ela diz que o magnata a puxou para o quarto da sua filha.
“Ele me empurrou contra a parede, colocou suas mãos sobre todo o meu corpo e tentou tirar meu vestido”, relatou. “Eu tive que dizer: ‘O que você está fazendo? Pare’. Foi um choque que ele tenha feito isso, porque ele sabia que eu estava com George. E como ele pôde fazer isso quando eu estava lá para tratar de negócios?”
A maquiadora ainda criticou as declarações de Ivanka, afirmando que ela não poderia saber o que aconteceu na festa. A filha do magnata tinha apenas 10 anos na época.
Quando o The New York Times resgatou a história, Jill relata ter sido pressionada pela campanha de Trump a retirar suas antigas acusações quanto ao magnata, embora ela já tivesse garantido a ele que não citaria pessoalmente o assunto à imprensa depois de tanto tempo. “O gabinete [de Trump] me pediu que eu retirasse tudo quando a reportagem saiu. Eles estavam tentando me fazer dizer que isso nunca aconteceu e que eu tinha inventado tudo. E eu disse que não faria isso.”
A campanha do magnata negou todas as acusações, classificando-as de “absurdas”. (AG)
