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Mundo Marcha dos avós protesta contra Maduro, o presidente da Venezuela, pela grave crise de saúde no país

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Manifestantes reagem após polícia lançar gás de pimenta na 'Marcha dos Avós' na Venezuela. (Foto: Reprodução)

A passos lentos, com bengalas ou em cadeiras de rodas, cerca de 2 mil aposentados venezuelanos desafiaram na sexta-feira as barreiras e o gás de pimenta da polícia em Caracas, na Venezuela, para exigir ao presidente Nicolás Maduro remédios e um “país melhor” para seus netos.

Convocada pela oposição, a “Marcha dos Avós” tocou em um ponto sensível, a crise na saúde, um dia depois de a ministra Antonieta Caporale ser destituída ao divulgar preocupantes cifras oficiais sobre a piora nesta área.

A marcha foi bloqueada em uma estratégica avenida da cidade por oficiais com escudos, o que originou um confronto. Um idoso com gorro de Papai Noel gritava: “somos avós, nos deixem passar. Respeitem, c…..!”.

Exaltados, alguns homens e mulheres mais velhos lançaram golpes e insultos. “Vai bater em seus pais? Somos um monte de velhos!”, gritavam alguns aos policiais, que jogaram gás pimenta para fazer a multidão recuar. Segundo pesquisas privadas, sete em cada dez venezuelanos rechaçam a gestão de Maduro.

Mas o governo realizava uma concentração de idosos no centro de Caracas, liderada por dirigentes do governo, gritando em apoio a Maduro e ao falecido presidente Hugo Chávez.

O governo reivindica ter outorgado seis milhões de pensões, mas a oposição afirma que foram tomadas pela inflação, que segundo o FMI (Fundo Monetário Internacional) fecharia este ano em 720%.

Os aposentados insistiram em marchar até a sede da Defensoria Pública, mas os protestos opositores, que desde 1º de abril deixam 38 mortos, não conseguiram chegar ao coração da capital, onde está o palácio de Miraflores e as sedes dos poderes públicos.

Segundo a Federação Médica Venezuelana, os hospitais estão funcionando com apenas 3% dos medicamentos e insumos necessários. A Federação Farmacêutica sustenta que a escassez de medicamentos chega a 85%.

O relatório que provocou a queda da ministra da Saúde revelou esta semana que a mortalidade infantil aumentou 30,12% e a materna 65%, enquanto retornam doenças como a malária.

Confrontos

Em confrontos cada vez mais duros, os policiais costumam lançar bombas de gás lacrimogêneo e jatos d’água nos jovens manifestantes, encapuzados e com escudos de madeira e metal, que respondem com pedras, coquetéis molotov, bombas de tinta e até de fezes.

Desde que começaram os protestos para exigir a saída de Maduro – eleito até 2019 -, os confrontos já deixam centenas de feridos e presos, dos quais uma centena foi enviada para a penitenciária por ordem de tribunais militares.

As manifestações exigem eleições gerais e rechaçam uma Assembleia Nacional Constituinte convocada por Maduro em 1º de maio.

Maduro acusa a oposição de declarar uma “insurgência armada” para lhe dar um “golpe de Estado” e disse que para “alcançar a paz” e “derrotar os violentos” impulsiona uma Constituinte “popular”, que a oposição considera uma “fraude” para evadir as eleições e se agarrar ao poder. (AG)

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