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Brasil Mecânico morre após ser agredido por policial em São Paulo

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Editoria de Arte/O Sul

Um mecânico de 42 anos morreu, em Itapevi, na Grande São Paulo, três horas depois de ser agredido por um policial militar. A declaração de óbito informa que a causa da morte foi “hemorragia interna traumática, agente contundente”. A polícia foi chamada pela própria esposa do homem,  que precisava de apoio para buscar pertences pessoais e trocar o carro com o marido. Apesar disso, ela declarou que o “policial tem de entender que ele matou um pai de família”.

A mulher chamou a polícia por temer que o marido ficasse irritado com sua saída de casa. “Ele estava com meu carro e eu estava com o dele. Como ele tinha problema de alcoolismo, eu fiquei preocupada que ele pudesse dificultar as coisas. Era para os policiais darem apoio, não para espancar e matar meu marido.” Os agentes que atenderam ao chamado dela foram Adriano Soares de Araújo e Rafael Francisco de Vasconcelos. O primeiro ela descreve como “agressivo e descontrolado”. O segundo, como “calmo e quem tentou conter o colega”.

Ela relatou que o marido tentou argumentar com a agressividade do agente, dizendo que resolveria tudo com ela ou na Justiça. “Meu marido disse: ‘mas moço, porque você está fazendo isso comigo? Eu não sou bandido, sou trabalhador, estou na minha casa’. Foi quando o policial Araújo pegou meu marido pelo pescoço e o jogou em cima do carro. Ele deu uma rasteira no meu marido, que pegou a farda do policial, que acabou rasgando.”

A mulher disse que o policial ficou transtornado quando viu que sua farda estava rasgada. “O Araújo gritava ‘Olha o que você fez na minha farda, olha o que você fez na minha farda. Você está preso’. Ele depois deu um chute no rosto do meu marido, que ficou com o olho roxo e inchado. Eu fui até o policial e pedi para ele não fazer isso com meu marido. O Araújo gritou: ‘não foi você que chamou a gente? Eu respondi que tinha chamado, mas não para agredir meu marido.” Depois disso, ela conta que o policial “saiu chamando reforço pelo celular e voltou com um cassetete na mão. Ele entrou e voltou a agredir meu marido de novo”.

Em seu depoimento à Ouvidoria da Polícia, ela relata que policiais chegaram a duvidar que o marido estivesse passando mal e ainda teriam dito para ela que “aquilo era abstinência de cachaça”. A viúva reclama que o marido poderia estar vivo se tivesse recebido atendimento médico a tempo ou sido levado ao hospital ao invés de ser levado para a delegacia.

Foram registrados dois boletins de ocorrência sobre o caso. O primeiro é de resistência. O segundo é de morte suspeita. Agora, a Ouvidoria da Polícia pediu que o caso seja investigado pelas corregedorias das polícias Civil e Militar e também pediu providências ao Ministério Público. (AG)

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https://www.osul.com.br/mecanico-morre-apos-ser-agredido-por-policial-em-sao-paulo/ Mecânico morre após ser agredido por policial em São Paulo 2017-01-30
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