Sábado, 20 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 11 de junho de 2017
Nesta segunda-feira, a delegada Isabelle Conti, da 16ª Delegacia de Polícia, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, pedirá à Justiça a prisão temporária por 30 dias da médica Haydeé Marques da Silva, 59 anos, que negou socorro ao bebê Breno Rodrigues Duarte Silva, de 1 ano e 6 meses.
Portadora de problemas neurológicos, a criança havia passado mal na casa da família em um condomínio na capital fluminense, na manhã de quarta-feira. Acionada, o ambulância da empresa Cuidar – terceirizada da Unimed – foi enviada com um motorista e a profissional de saúde ao local, no bairro do Recreio dos Bandeirantes.
A unidade chegou ao local mas, ao saber que o paciente era um bebê, a médica teria se negado a prestar o socorro, exigindo que fosse levada de volta para a central de atendimento. Imagens de câmeras de segurança da portaria do condomínio mostram Haydeé dentro do veículo, rasgando papeis que supostamente seriam fichas e prontuários. Quando uma segunda unidade foi deslocada, o menino já havia falecido.
Investigação
As investigações preliminares apontam que a médica cometeu o crime de homicídio com dolo eventual, ou seja, quando alguém assume o risco de praticar o ato. Ela também poderá ser responsabilizada por outras omissões de atendimento. Pelo menos cinco são investigadas. Uma delas teria ocorrido no Hospital Central da Polícia Militar há dez ou 15 anos.
Na quinta-feira, a imprensa carioca publicou que a mesma médica já havia sido denunciada à Polícia Civil por suposta agressão a um paciente que queria fazer uma tomografia computadorizada na cabeça. O caso ocorreu em 2010.
Desde a última quinta-feira, agentes tentaram localizar a Haydeé em pelo menos três endereços, para prestar depoimento. Até agora, ela não foi encontrada.