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Brasil Médicos alertam para o uso indiscriminado de remédios e os riscos da automedicação

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Estudo mais recente sugere que o risco pode ser maior nos primeiros 30 dias de uso. (Foto: Reprodução)

Há um ano, o vendedor José Meninguelo, de 54 anos, recebeu uma receita para tratar a enxaqueca. A condição passaria com o tempo e logo, ele não precisaria mais de medicação. No entanto, como viu que o remédio o livrava da dor, Meninguelo passou a tomá-lo por conta própria e hoje o medicamento virou um companheiro fiel. “Virou automático, não fico sem ele. Remédios normais não fazem efeito”, contou Meninguelo.

O uso constante de analgésicos, no entanto, pode gerar dependência. Para dores de cabeça, por exemplo, a Sociedade Brasileira de Cefaleia indica usar remédios apenas oito vezes por mês. “O uso cotidiano é problemático porque adia o diagnóstico da causa da dor”, explicou Paulo Renato da Fonseca, diretor científico da SBED (Sociedade Brasileira de Estudos para a Dor). Antitérmicos, utilizados para alívio da gripe, mascaram a febre, que indica infecção. Outros tipos de analgésico têm outros perigos. Anti-inflamatórios diminuem a quantidade de sangue que passa pelos rins e o excesso pode causar problemas na diálise; ele também aumenta o risco de alergias.

Segundo o neurocirurgião José Oswaldo de Oliveira Junior, da SBED, quase todo analgésico pode causar dependência. “O organismo aprende a lidar com a medicação. O efeito do remédio pode se reduzir com o tempo e, se suspenso de repente, pode causar sintomas de abstinência”, explicou.

Ele ressalta que grande parte dos casos de abuso vem de pacientes com dores crônicas que, como José, acabam gerenciando o próprio tratamento. “Antigamente, você recebia de troco na farmácia analgésicos. Mas a automedicação é perigosa. É importante só fazer o uso de analgésicos sob prescrição, até os de baixo risco”, disse.

Alternativas

Nas ‘clínicas da dor’, se aprende a relativizar o problema para diminuir seu impacto no dia a dia. “O paciente com dor crônica tem também sofrimento psicológico, emocional, social e isso deve ser levado em conta”, diz Paulo Renato da Fonseca, da SBED. Confira alguns tratamentos auxiliares que evitam o abuso abusivo de analgésicos:

Hipnose

Com hipnoterapia, o paciente acessa o subconsciente para controlar a intensidade da dor.

Acupuntura

A prática tradicional chinesa, em que agulhas são aplicadas em pontos específicos do corpo, alivia dores e tensões.

Cromoterapia

As cores exercem diferentes efeitos sobre o corpo e ajudam no relaxamento e no equilíbro emocional.

Musicoterapia

A música tem qualidades terapêuticas que ajudam a reduzir dores tensionais.

Yoga

Há posturas específicas da yoga para aliviar diferentes tipos de dor. Estudo realizado na Universidade de Montreal, Canadá, comprovou que a meditação diminui a sensibilidade à dor.

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