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Brasil Médicos brasileiros reimplantaram as mãos de um sul-coreano que sofreu um acidente dentro de um navio

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SOS Mão e Ortopedia é o único com esta especialidade no Nordeste. (Foto: Reprodução/Facebook)

Um operador de máquinas sul-coreano de 34 anos cujas duas mãos foram decepadas durante um acidente dentro de um navio de carga teve as mesmas implantadas em uma cirurgia realizada por médicos pernambucanos. Segundo profissionais que atuaram na intervenção cirúrgica, trata-se de um procedimento inédito no Brasil.

O cargueiro estava navegando na altura do Maranhão, quando uma peça se soltou de uma altura estimada em 20 metros e atingiu o homem, o engenheiro de máquinas Park Sueyong. Ele foi resgatado e levado ao Recife, para o Hospital SOS Mão e Ortopedia, única unidade de saúde especializada em cirurgia de mão no Nordeste.

O procedimento consistia, primeiramente, em restabelecer a ligação óssea e em seguida veias, artérias, nervos e tendões para o completo restabelecimento do membro.

O engenheiro sul-coreano fala a língua de seu país e o inglês. Devido à barreira linguística, as enfermeiras da unidade de saúde utilizaram o Google Tradutor para conseguir se comunicar. Foi recomendado pela equipe médica que os membros fossem colocados em sacos plásticos e acondicionados com gelo, sem contato direto, para sua preservação.

De acordo com o cirurgião Rui Ferreira, do SOS Mão, o paciente chegou ao hospital pernambucano após 13 horas da amputação. As mãos, segundo ele, estavam bem acondicionadas, mas o contato direto com o gelo poderia ter dificultado o tratamento.

“Ele teve um primeiro atendimento e o médico entrou em contato com nosso plantonista, e foi orientado sobre como cuidar da parte amputada, como limpeza e acondicionamento, além do culto da amputação, para evitar fazer suturas. Tudo isso para não dificultar o tratamento que nós fizemos”, explicou.

A cirurgia foi realizada no dia 18 de março por duas equipes, uma para cada mão decepada. Ossos, músculos, nervos e artérias foram colocados no devido lugar com sucesso.

“Nós colocamos as mãos no lugar e refizemos os nervos. Os tendões foram colocados diretamente no músculo, o que é bem mais rápido do que fazer tendão por tendão. Para mim, foi uma cirurgia inédita, em Pernambuco e no Nordeste, e não tenho conhecimento de nenhum procedimento parecido, nas duas mãos, no Brasil”, completou Rui Ferreira.

De acordo com o hospital, o paciente foi reavaliado na terça-feira (27), na troca de curativos, e vai passar por uma cirurgia complementar para receber um enxerto de pele. Ele deve ter alta no começo de abril.

“É uma lesão muito grave, mas o fato de ter a mão, psicologicamente, já é um grande fator. É um paciente que deve passar cerca de dois anos em recuperação”, explicou o médico.

Um representante da empresa dona do navio de carga ficou no Recife, dando apoio ao paciente. A empresa responsável pelo navio não informou que tipo de carga estava transportando nem de onde o navio vinha ou para onde estava indo.

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