Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 19 de abril de 2018
A Fifa anunciou que o departamento médico das seleções poderá ter acesso às imagens de TV em tempo real de lances que ocasionem lesões na cabeça de jogadores durante a Copa do Mundo da Rússia. A intenção é que o acesso ao vídeo agilize no diagnóstico da contusão.
A nova medida foi explicada para os médicos das 32 seleções que estarão no Mundial durante congresso em Sochi, na Rússia. O encontro foi organizado pelo comitê médico da Fifa que tem como chefe Michel D’Hooghe.
“Introduzimos um sistema, onde um assistente do médico, ou um segundo médico, ficará sentado em frente a uma televisão e poderá enviar mensagens que auxiliem o outro médico durante um tratamento em campo”, disse D’Hooghe.
“É uma ajuda suplementar para que o médico consiga saber com mais precisão se o jogador poderá seguir em campo. Essa será nossa primeira tentativa. Estou confiante que essa medida será uma grande ajuda para tratar dos atletas”, prosseguiu.
A principal preocupação é evitar lances como na Copa de 2014, no Brasil, quando atletas tentaram permanecer em campo após uma concussão. O caso mais emblemático foi o do alemão Cristoph Kramer, que se chocou com o argentino Garay durante a final.
O jogador chegou a perguntar para o árbitro da partida, o italiano Nicola Rizzoli, se realmente estava jogando a final do torneio. O questionamento fez com que o juiz fosse até o banco da Alemanha e pedisse a substituição.
As partidas poderão ser paralisadas por até três minutos para que sejam analisadas as lesões nas cabeças. “Depois desse período o médico informará ao árbitro se o jogador terá condições de seguir na partida. O jogador, nem qualquer outro membro da comissão técnica, poderá se manifestar nesse sentido”, informou D’Hooghe.