Armando Burd Meirelles não está só
Por Redação O Sul | 17 de dezembro de 2017
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O ímpeto com que o ministro da Fazenda se lança para concorrer ao Palácio do Planalto tem um incentivador que pretende se manter nos bastidores: o presidente Michel Temer. A aposta para eleger o sucessor se concentra na expectativa da inflação contida, nos juros mais baixos e na reabertura de vagas de emprego.
A partir de março, Temer apresentará Meirelles como o novo Fernando Henrique Cardoso, que ganhou em 1994 e 1998 com base na recuperação da Economia. Soma-se o fato de que o ministro não tem desgaste político. Para que o plano venha a se consumar, bastará que deixe o PSD e entre no PMDB.
Pressão na cobrança
A Comissão de Representação Externa, que trata do ressarcimento da Lei Kandir, reúne-se às 10h de hoje na Assembleia Legislativa. Presidida pelo deputado estadual Frederico Antunes, busca sanar o calote aplicado pelo governo federal. Nos últimos 20 anos, o Rio Grande do Sul acumulou perdas de 50 bilhões de reais por ter desonerado os produtos primários da cobrança do ICMS. A Lei previa a devolução, não cumprida.
Prazo final
Diante do silêncio do governo, deputados estaduais começam a marcar viagens após o começo do recesso. Pouquíssimos estarão em Porto Alegre a partir da próxima sexta-feira para eventual convocação extraordinária. Se o Executivo quiser votar projetos, terá de atropelar nesta semana.
Consegue convencer
O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, vai derrubando barreiras do PT para garantir o apoio do PMDB à sua reeleição. O principal argumento: ganhará expressivo tempo na propaganda em rádio e TV.
Com exceção do Rio Grande do Sul e de São Paulo, a mesma circunstância se repetirá em outros estados, unindo partidos antagônicos.
Tradicional jogo
Após fixar fevereiro como prazo para votar a reforma da Previdência, o governo diz que fará negociações. Não significa que recuará do que já foi estabelecido.
Bolsos cheios
Na aprovação do orçamento federal de 2018, ficaram garantidos 8 bilhões e 800 milhões para emendas individuais e de execução obrigatória. Com isso, cada um dos 513 deputados e 81 senadores poderá destinar para obras em seus redutos eleitorais até 14 milhões e 800 mil reais.
Presidente mantido
O PDT elegeu o diretório estadual, sábado, mantendo o deputado federal Pompeo de Mattos na presidência. Jairo Jorge, candidato ao Piratini, aproveitou a tribuna para revelar: com um ano entre os trabalhistas, sente-se mais à vontade do que nos quase 30 anos de PT.
Atrás do dinheiro
Para reduzir os problemas em ruas e avenidas, identificados como Buracolândias, a Prefeitura de Porto Alegre precisará pedir empréstimo. Belo Horizonte e Goiás, na mesma situação, encontraram a saída: a Caixa Econômica Federal vai liberar o valor que for necessário.
Propaganda em uniformes
Ricos ou pobres, municípios põem a imaginação a funcionar. A Câmara de São Paulo aprovou projeto de lei que autoriza a Prefeitura a buscar parcerias com o setor privado para fabricação e distribuição de uniformes escolares na rede pública. A logomarca da empresa aparecerá na manga da blusa escolar ou na lateral da calça.
Perfil intelectual
Parlamentos estão cheios de bilíngues: falam Português e alto.
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